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‘Eu não sou bandido e isso já passou dos limites’

Arthur Lira (PMN) falou à imprensa após mais de quatro horas de conversa com o delegado-geral de Polícia Civil, Marcílio Barenco, e classificou sua prisão como “abuso jurídico”.

Priscylla Régia/Alagoas24Horas/Arquivo

Barenco esclarece detalhes da prisão de deputado

O deputado estadual Arthur Lira (PMN), afastado do cargo por determinação do desembargador Antônio Sapucaia falou à imprensa após mais de quatro horas de conversa com o delegado-geral de Polícia Civil, Marcílio Barenco, e classificou sua prisão como “abuso jurídico”.

Barenco explicou que foi procurado pelo secretário de Defesa Social, Paulo Rubim e informado sobre a existência de um mandado de prisão expedido pelo desembargador Orlando Manso contra Lira, por este ter constrangido um oficial de justiça no exercício de sua função.

“O flagrante se deu por coação no curso do processo – ação penal baseada na Lei Maria da Penha – decorrente de agressão denunciada pela sua ex-esposa”, explicou o delegado-geral. A pedido de Barenco, a prisão foi efetuadas pelos delegados José Edson e Rodrigo Rubiale no escritório do deputado, localizado no bairro da Pajuçara.

O deputado Arthur Lira alegou que sua prisão é fruto de um processo de calúnia. Segundo Lira, um oficial de justiça afirmou que ele não teria assinado a intimação do processo de separação judicial e informou o fato ao desembargador.

Arthur Lira disse que não se recusou, apenas pediu para que o oficial aguardasse alguns minutos, até o término da sessão. “Meus advogado estão tomando as medidas cabíveis”, ressaltou sobre sua defesa, antes de finalizar: “Eu não sou bandido e isso já passou dos limites”.

O deputado seguirá até o Instituto Médico Legal (IML) onde será submetido ao exame de corpo de delito e depois ficará preso no Quartel da Polícia Militar.

Relaxamento de prisão

Durante da oitiva do deputado Arthur Lira na sede da Polícia Civil, o delegado-geral Marcílio Barenco recebeu o procurador da Assembléia Legislativa, Marcos Guerra, que entrou e saiu silenciosamente.

Barenco explicou que Guerra havia ido buscar a oficialização da prisão do deputado para levar ao plenário, que pode votar ainda hoje sobre o relaxamento de sua prisão.