Decisão do Tribunal de Justiça de SP saiu às 11h30.
A Justiça de São Paulo concedeu a liberdade nesta sexta-feira (11) a Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e a Anna Carolina Jatobá, madrasta da criança morta no dia 29 de março em um prédio na Zona Norte da capital. O pedido de habeas corpus, em caráter liminar, para que o casal acompanhasse as investigações em liberdade, foi deferido pelo desembargador Caio Canguçu de Almeida, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça às 11h30. Mais cedo os advogados de defesa Marco Pólo Levorin e Ricardo Martins já haviam divulgado a informação.
Cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ainda novos pedidos de habeas corpus à 2a.instância do Tribunal de Justiça (TJ). O julgamento do mérito do habeas corpus costuma ocorrer, em média, 30 dias após a decisão liminar. Na ocasião, a decisão liminar pode ser modificada, ao ser julgada por outros dois desembargadores da 4a. Câmara Criminal do Tribunal.
A decisão do desembargador Caio Canguçu de Almeida será comunicada ao juiz da 1a. instância do TJ que determinou a prisão temporária, Mauricio Fossen, da 2ª Vara do Júri de São Paulo. Serão expedidos então alvarás de soltura aos distritos em que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá estão detidos desde quinta-feira (3).
O casal está preso desde a quinta-feira passada (3), após a polícia pedir à Justiça a prisão temporária deles por 30 dias. A defesa fundamentou o pedido de liberdade no argumento de que o pai e a madrasta de Isabella não ameaçam as investigações. O advogado Marco Polo Levorin afirmou no pedido protocolado na segunda (7) e composto por 30 folhas, que eles não atrapalharam a produção de provas, não coagiram testemunhas tampouco se negaram a comparecer à polícia.
Na terça-feira (8), o promotor que acompanha o caso, Francisco José Taddei Cembranelli, defendeu que a Justiça mantivesse o casal detido pelo período de 30 dias. Para ele, a prisão é necessária para que a dupla não atrapalhe as investigações.
Tanto a polícia quanto a promotoria não fixaram um prazo para a conclusão do inquérito. Entretanto, a delegada-assistente Renata Pontes afirmou na quarta-feira (9) que 70% da cena do crime já foi reconstituída pelos investigadores. Na quinta-feira (10), a Polícia Civil de São Paulo informou que 99% do caso que apura a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, foram esclarecidos. Os policiais já têm como descobrir se alguma pessoa estranha entrou no Edíficio London.
Ainda de acordo com a delegada, os laudos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) só devem ser divulgados na semana que vem.