Entidade encaminhou ofícios à presidência do TJ e à CGJ.
Preocupada com as notícias veiculadas sobre um suposto envolvimento de juízes em esquemas ilícitos, a Diretoria da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis) encaminhou ofícios à Presidência do Tribunal e à Corregedoria Geral da Justiça, solicitando a intervenção dessas instituições junto à Justiça Federal, no sentido de colher mais informações sobre os fatos apurados na Operação Taturana.
Os dirigentes da entidade de classe querem que os desembargadores José Fernandes de Hollanda Ferreira (presidente do TJ) e Sebastião Costa Filho (corregedor) aprofundem os fatos com o desembargador federal Manoel de Oliveira Erhardt, que é o relator do processo.
O presidente da Associação, juiz Maurílio da Silva Ferraz, lembra que em duas oportunidades o superintendente da Polícia Federal, José Pinto de Luna, ventilou a possibilidade de envolvimento de integrantes da magistratura em práticas de corrupção. O delegado falou de maneira generalizada e não citou os nomes dos magistrados. “Foi uma observação em tom genérico, mas que ensejou comentários depreciativos à magistratura e ao Poder Judiciário alagoano”, frisou o juiz.
Murílio Ferraz declara que a entidade de classe não compactua com a corrupção e com os desmandos de agentes públicos, e muito menos “apoiará qualquer membro do Judiciário que esteja comprometido com desvios de conduta”. Ele ressalta que as informações relativas à investigação são imprescindíveis, a fim de que o Judiciário estadual possa acompanhar todos os desdobramentos do processo. Os expedientes foram encaminhados no final de março e a Almagis aguarda resposta.