Durante toda esta quarta-feira, os trabalhadores rurais do Movimento Sem-Terra estiveram acampados em frente ao Porto de Maceió paralisando as atividades do órgão e gerando um prejuízo de cerca de US$75 mil.
Durante toda esta quarta-feira, os trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem Terra (MST) estiveram acampados em frente ao Porto de Maceió paralisando as atividades do órgão e gerando um prejuízo de cerca de US$75 mil.
Com o bloqueio, os navios de fertilizantes, Heron e Santa Phoenix, atracados no Porto de Maceió, por exemplo, terão que pagar multas que somadas chegam a US$75. Caminhões com mercadorias também foram proibidos de entrar no Porto, formando uma fila quilométrica com término no Museu Théo Brandão, localizado na Avenida da Paz.
De acordo com o administrador do Porto de Maceió, Domício Silva, com a manifestação não houve prejuízos visíveis para o Porto como instituição. No entanto, para importadores e exportadores houve grandes perdas.
“A manifestação teve um impacto direto e indireto. Como os navios que estão atracados no Porto e terão que pagar multa por dia perdido. Os trabalhadores que recebem por diária também foram lesados, já que, tiveram que parar suas atividades. Além dos caminhões de cargas que não puderam entrar no Porto”, disse.
As atividades integram o calendário elaborado pelos coordenadores para relembrar os 12 anos de violência e impunidade do massacre de Eldorado dos Carajás.
Os sem-terra reivindicam, também, avanços na Reforma Agrária em Alagoas, exigindo a ampliação e liberação de créditos, política de habitação para o campo, com a agilização no processo de habitação rural, mapeamento fundiário do Estado, renegociação da dívida, regularização dos lotes, infra-estruturas (estradas, escolas, postos de saúde, energia, água entre outras) para os assentamentos; combate a criminalidade e a violência cometida contra os/as trabalhadores/as rurais políticas públicas para melhoria de vida das mulheres do campo, entre outras.
Após a reunião entre uma comissão de trabalhadores rurais, a administração do Porto e o representante do Governo Geraldo Majela, os manifestantes resolveram desobstruir a entrada do Porto e retornar a Praça Sinimbú, no Centro, onde permanecem acampados.
“Os manifestantes vêem o Porto como instrumento para que discussão seja levada aos órgãos públicos. Conseguimos que uma reunião fosse agendada com o governador Teotônio Vilela, nesta quinta-feira, às 08h30 para que as reivindicações estaduais sejam resolvidas”, afirma Petrúcio Bandeira.
A partir de amanhã, Petrúcio Bandeira – que atualmente respondia pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (FAPEAL), responderá pelo Porto de Maceió, substituindo Domício Silva, que passou quatro anos a frente do órgão. A solenidade de transmissão de cargo, acontece às 10h, na sede do Porto de Maceió.