O adiamento é resultado de um acordo entre os policiais do 9º DP.
Os depoimentos de Antonio e Cristiane Nardoni, avô paterno e tia da menina Isabella foram adiados para a próxima terça-feira (22). Ambos seriam ouvidos na tarde deste sábado como parte das investigações sobre a morte da criança. Ontem (18), o pai e a madrasta foram ouvidos e indiciados pelo crime.
A assessoria da Secretaria da Segurança informou que o adiamento é resultado de um acordo entre os policiais do 9º DP (Carandiru), que concentra as investigações, e a defesa da família Nardoni devido ao desgaste causado pelos depoimentos do pai e da madrasta de Isabella, Alexandre e Anna Carolina Jatobá. Ambos deixaram a delegacia por volta das 4h40 deste sábado, após aproximadamente 17 horas.
Também na próxima terça-feira (22), a Polícia Civil pretende apresentar o pedido de prisão preventiva de Alexandre e Anna Carolina.
Isabella, que passava o fim de semana com o pai e com a madrasta, foi jogada do sexto andar do prédio onde o casal morava, na zona norte de São Paulo. Reportagem de André Caramante, da Folha, publicada na Folha Online na última terça (15), revelou que que, para a Polícia Civil e para o Ministério Público, Alexandre jogou a filha de seu apartamento após Anna Carolina ter tentado asfixiá-la.
Alexandre e Anna Carolina ficaram aproximadamente 17 horas no 9º DP (Carandiru), entre a manhã de ontem e a madrugada de hoje. Eles foram ouvidos e indiciados por homicídio.
Após deixar a delegacia, recusaram escolta policial e seguiram para Guarulhos (Grande São Paulo), onde moram os pais de Anna Carolina e onde estão os dois filhos do casal –de um e de três anos.
Desde o início das investigações, o casal nega as acusações e diz que uma terceira pessoa invadiu o apartamento e matou Isabella.
Alexandre e Anna Carolina foram levados à delegacia para prestar depoimento na manhã desta sexta, sob forte esquema de segurança e sob a presença maciça da imprensa e de curiosos que chamavam os dois de "assassinos".
Eles tiveram dificuldade para deixar a casa dos pais de Alexandre, também na zona norte. O casal, que sairia em carro particular, deixou a casa protegido por escudos da polícia e seguiu em direção ao DP em um veículo da Polícia Civil, sob gritos de "assassinos". Pedras foram jogadas. Em frente à delegacia, apesar do forte esquema de segurança montado, um grupo de manifestantes aguardava a chegada do casal, também recebido com gritos de "assassinos".