Desde a última sexta-feira, 18, José Carlos do Nascimento encontra-se na sede do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) na Pajuçara, onde aguarda os solicitações da polícia para prestar esclarecimentos.
Após três dias de polêmica e exposição na mídia, o caso do policial militar acusado pela filha de estupro ganha nova versão. Em entrevista ao Alagoas24Horas, o pai da menor C.A.S. 16 anos, se defende e diz que sua inocência será provada. Desde a última sexta-feira, 18, José Carlos do Nascimento encontra-se na sede do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) na Pajuçara, onde aguarda os solicitações da polícia para prestar esclarecimentos.
A equipe de reportagem chegou à sede do BPTran por volta das 17h e foi recebida pelo casal José Carlos e Cleide do Nascimento. Confiante na inocência e revoltado com as acusações que lhes foram feitas pela filha e pela mídia, o policial garante que os exames poderão provar sua inocência e que está à disposição da polícia para esclarecer que tudo não passou de uma armação.
José Carlos contou que estava se preparando para ir dormir com sua família, na última sexta-feira, 18, quando foi informado sobre as denúncias. “Eu estava pronto para dormir, assim como a minha esposa. Já de short, fui colocar o lixo fora, quando percebi a presença de uma viatura da PM. Curioso, perguntei aos companheiros o que eles faziam ali àquela hora. Para minha surpresa, eles disseram que havia uma denúncia de estupro contra mim feita pela minha própria filha, foi aí que não entendi mais nada”, disse o policial.
“Naquele momento, minha filha estava saindo de casa com uma tia dela e um tio – ambos irmãos da falecida esposa -, se aproximou e aproveitou que o policial estava me segurando e me deu um soco. Ainda tentei revidar, mas fui segurado. No momento em que minha filha estava saindo com a tia questionei sobre a denúncia e ela disse ‘desculpa painho, tive que fazer isso’ e foi para a casa da tia, ao lado da nossa”, relatou, acrescentando que todos os detalhes do caso soube pela imprensa, que desde a denúncia vem condenando-o sem provas.
Recentemente, o pai e a madrasta da adolescente descobriram a existência de um namorado, com quem matinha um relacionamento escondido. Eles acreditam que a proibição do namoro teria mudado o comportamento da jovem. “Ela diz que era abusada sexualmente há pelo menos dois anos, mas nunca mudou o comportamento em casa, nem com o pai, nem com as demais pessoas. Interessante é que o pai dela tinha proibido o namoro com o rapaz com quem ela estava porque ele não tinha boa índole e porque tinha envolvimento com mulheres casadas e ele não achava que seria bom para ela.
Desde então ela tem se comportado de maneira estranha, com raiva, revoltada e chegou a dizer que odiava o pai e os irmãos menores, um de 12 e uma menina de cinco anos”, afirmou a esposa de José Carlos, Cleide do Nascimento, que trabalha como funcionária pública. A madrasta disse ainda que seria impossível não saber do abuso, já que a suposta vítima dorme no mesmo quarto da irmã menor e uma prima de 12 anos, que também mora com o casal.
Sem saber as razões que teriam motivado a filha a fazer tais denúncias, o acusado acredita que pode ter havido indução por parte das tias da garota. “Uma das tias da minha filha chegou a dizer: ‘agora eu tiro a farda e a casa dele’. O fato é que a casa em que moro pertence a minha falecida esposa e que há interesse delas em me tirar a casa. A tia disse para quem quisesse ouvir na rua que estava planejando tudo há duas semanas. Quanto a ser violento, minha esposa e filhos podem dizer quem sou. Minha ficha está limpa, qualquer um pode ver”, disse emocionado.
“Ainda não recebi nenhum encaminhamento da polícia para depor, nem para fazer exames e aguardo ansiosamente o momento de fazer isto e provar que sou inocente, porque tive minha dignidade jogada na lama. Quero entender porque minha filha fez isso comigo, que desde que a mãe dela morreu fui pai e mãe dela”, finaliza.