Santo católico é padroeiro da corporação.
Centenas de policiais militares acompanharam no início da manhã desta quarta-feira, 23, a Procissão de São Jorge, padroeiro da Polícia Militar de Alagoas. Eles percorreram ruas do Centro de Maceió e chamaram a atenção de outros fiéis que deixaram a correria do trabalho para assistir a passagem do ardor que trazia o "Santo Guerreiro".
Devota há mais de cinco anos, Olga Biana acompanha a procissão desde o ano passado. Ela era um dos poucos civis entre os militares. "Sempre peço para que São Jorge proteja a minha família contra a violência", disse, ao garantir que a devoção ao santo lhe ajudou a trazer mais segurança.
O comandante-geral da corporação, coronel Cícero Padilha, enfatiza que São Jorge foi um exemplo de total abnegação em defesa da sociedade. "Nós, policiais militares, temos uma vida muito atordoada e marcada pela missão de prestar a segurança. A inspiração em São Jorge nos ajuda a ter fé para enfrentar os momentos mais difíceis", completou.
A procissão teve como destino a Igreja da Catedral Metropolitana, onde uma Missa em homenagem ao santo foi celebrada pelos capelães católicos da PM, padres Francisco Falcão e Epitácio Palmeira e o padre Petrúcio Prado. No final da Missa, o cabo Antônio Cajueiro, do coral Milícia do Senhor (7º BPM) emocionou os fiéis com a oração do policial militar.
Padroeiro da Inglaterra, Portugal e da Catalunha, São Jorge é venerado desde o século V e seu culto chegou ao Brasil através dos portugueses. Em 1387, Dom João I já decretara a obrigatoriedade de sua imagem nas procissões de Corpus Christi.
Conta a lenda, que Jorge era guerreiro originário da Capadócia e militar do Império Romano no tempo do imperador Diocleciano. Convertido ao cristianismo, ele não teria se rebelado às perseguições ordenadas pelo imperador contra os cristãos. Foi morto na Palestina no dia 23 de abril de 303.
Os símbolos associados à sua figura, como o dragão, a espada e a capa foram difundidas na Idade Média e estão relacionados às diversas lendas criadas ao seu respeito e suas batalhas na carreira militar. Embora muitos ainda suspeitem da veracidade de sua história, a Igreja Católica reconhece a autenticidade do culto ao santo.