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Bolsa opera em queda de mais de 2%

A Bolsa de Valores opera em baixa após fechar no azul

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em baixa nesta terça-feira, após fechar no azul nos dois pregões anteriores.

Às 15h40, o Ibovespa, principal indicador do mercado nacional de ações, caía 2,18%, a 64.249 pontos (acompanhe gráfico da Bolsa com atualização constante). Na sessão anterior, subiu 0,75%.

"Os preços das ações no mercado doméstico estavam muito esticados e o investidor aproveitou a queda lá fora para embolsar ganhos", afirmou Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.

"O Ibovespa teve boa recuperação em abril e vinha se aproximando se sua máxima histórica, mesmo no meio da crise de crédito norte-americana. É natural que qualquer faísca de problema acendesse uma realização de lucros", disse Alexandre Marques Filho, analista da corretora Elite.

No caso, as faíscas foram notícias desanimadoras de companhias como a farmacêutica Merck e a empresa de cartões de crédito Visa. A primeira sofreu sua segunda derrota quando as agências reguladoras rejeitaram sua última droga contra o colesterol. A Visa anunciou perspectivas e comentários decepcionantes para investidores.

Ainda, a maior empresa norte-americana de financiamento imobiliário, a Countrywide Financial, registrou um prejuízo de US$ 893 milhões no primeiro trimestre, devido a um aumento expressivo nas provisões para cobrir novas perdas com inadimplência.

Juros nos EUA
A expectativa em relação à decisão do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) sobre a taxa básica de juros americana, marcada para a quarta-feira (dia 30) influencia os mercados já nesta terça.

"Formou-se quase um consenso de que amanhã é a última ação do Fed", disse Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez. O BC americano vem cortando os juros para evitar uma recessão na maior economia do mundo.

Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, afirmou também que "os mercados indicam, pelo menos até agora, um viés negativo para o dia, com um aumento da aversão ao risco".

Indicadores
O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos marcou 62,3 pontos em abril, superando a expectativa de analistas, que girava em torno de 61 pontos.

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas divulgou que, em abril, o IGP-M, índice de preços utilizado para reajustar valor de aluguéis, marcou inflação de 0,69%.

Empresas
Grandes companhias de petróleo também divulgaram seus balanços trimestrais. A Shell e a British Petroleum anunciaram forte aumento de lucro no período. Já a Petrochina viu seus ganhos caírem 31,5%.

O banco Santander divulgou que seu lucro no mundo saltou 22,4%, com ajuda das operações do grupo no Brasil, especificamente por conta da compra do Banco Real, no ano passado.

Na Alemanha, a fabricante de veículos de luxo BMW verificou queda de 17% no seu lucro líquido, para o equivalente a R$ 1,3 bilhão.