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Terremoto na China mata mais de 3 mil

Estima-se que 10 mil pessoas estejam feridas.

Xinhua/Chen Xie/Reuters

Autoridades chinesas buscam por vítimas nos escombros da escola Juyuan, em Dujiangyan

O terremoto de 7,8 graus pela escala Richter que abalou a China nesta segunda-feira (12) matou de 3 mil a 5 mil pessoas e estima-se que 10 mil pessoas estejam feridas, segundo informações da agência estatal chinesa de notícias "Xinhua". O governo admitiu que o ocorrido foi um "desastre".

Antes, a informação dava que o tremor deixara pelo menos 107 mortos e 34 feridos no sudoeste da China.

Um hospital e cinco escolas desabaram. Em uma delas, 900 estudantes ficaram sob os escombros e a equipe de resgate trabalha na região para tentar encontrar sobreviventes. Não foi informado se entre os mortos estão os jovens das escolas.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jibao, descreveu o potente terremoto que sacudiu o sudoeste do país como um "desastre" e pediu "calma e valor" à população.

"Diante do desastre, o mais importante é a calma, a confiança, o valor e uma direção forte", afirmou o chefe de governo no avião que o levava a Sichuan, a província do sudoeste onde foi registrado nesta segunda-feira (12) um terremoto de 7,8 graus na escala Richter, segundo o canal CCTV.

Wen disse ainda que o governo central pediu aos governos locais e provinciais que coordenem as tarefas de resgate.

Desabamentos

Dezenas de edifícios desabaram e o Exército foi enviado para ajudar nas tarefas de resgate. Na região autônoma de Beichuan Qiang, 80% dos prédios caíram ou racharam, informou a agência "Xinhua".

O epicentro do tremor, registrado às 14h30 locais (3h30 de Brasília), foi localizado a 93 km ao noroeste de Chengdu, capital da província Sichuan e onde vivem mais de 10 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Geofísica dos Estados Unidos (USGS).

Entenda como ocorrem os terremotos

Mais tarde a agência informou que o número de mortos pode subir, já que as equipes de resgate estão fazendo contato com áreas cujas estradas e linhas de telefone tinham sido afetadas.

Uma autoridade do órgão sismológico disse que as linhas telefônicas de condado de Wenchuan, em Sichuan –o epicentro do terremoto–, foram completamente cortadas e houve relatos de danos a prédios em condados vizinhos.

Tremor na Ásia

O tremor foi sentido até em Bangcoc, capital da Tailândia, que fica a cerca 3.300 quilômetros de distância. Lá, os prédios balançaram por vários minutos.

Na cidade de Wuhan, as pessoas correram para as ruas e pelo menos um prédio caiu, segundo um estudante universitário. "Todos os prédios balançavam para frente e para trás", disse ele, por telefone para a agência de notícias “Reuters”.

"Sentimos um tremor contínuo por cerca de dois ou três minutos", disse o funcionário de um escritório. "Todas as pessoas correram para baixo. Ainda sentimos leves tremores."

Um empregado de um jornal local de Mianyang disse que houve vários terremotos. A USGS, agência sismológica norte-americana, disse que houve um impacto posterior de magnitude 6 às 3h43 quase no mesmo local e outro às 4h34, de magnitude 5,4.

A torre Jinmao, em Xangai, foi esvaziada, assim como os demais prédios mais altos da China, durante o terremoto e os tremores que o seguiram. Os trabalhadores puderam voltar mais tarde.