Chuvas estão castigando o Estado de Alagoas há mais de 12 horas. Desde a noite de sexta feira que não para de chover. A chuva já causou mortes e muita destruição.
As chuvas fortes nas últimas 12 horas deixaram três mortos, 150 desabrigados e 1.725 desalojados. Dez cidades entre os rios Mundaú e Paraíba, na Zona da Mata, foram as mais atingidas. Em Branquinha e Messias, no interior do Estado, 1,6 mil pessoas perderam as casas.
No litoral norte, na cidade de Paripueira, a dona de casa Maria Cremilda dos Santos, 26 anos, tentou salvar a vida das filhas Maria Suzane dos Santos Silva, 2 anos, e Maria Elaine dos Santos Silva, 4 anos, mas todas acabaram soterradas por uma barreira. Elas foram internadas na Unidade de Emergência de Maceió, mas não sobreviveram.
No sertão, a ponte sobre o rio Ipanema ficou encoberta pelas águas. Um caminhão foi arrastado pela correnteza e ficou preso em uma das cabeceiras, mas o motorista conseguiu escapar. Em algumas áreas rurais, especialmente nas fazendas, os rios cobriram a copa das árvores.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros e coordenador da Defesa Civil, coronel Jadir Ferreira, os oito quartéis dos bombeiros no Estado estão em alerta. Em coletiva na tarde deste sábado, Ferreira explicou que está sendo feito um cadastro de avaliação das áreas mais afetadas, para decretar ou não situação de emergência nas cidades.
"No caso dos desalojados e desabrigados, os municípios cuidam diretamente da situação. Para isso, estão contactando o governo do Estado e possivelmente o governo federal", afirmou o comandante do Corpo de Bombeiros e chefe da Defesa Civil.