Além do aumento – já determinado pela Justiça – os servidores cobram ainda 9,2 folhas salariais atrasadas.
Toledo diz que vai realizar auditoria para conceder aumento
O deputado estadual e presidente interino da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, Fernando Toledo (PSDB), voltou a falar sobre a situação dos servidores do Legislativo, na manhã de hoje, em entrevista à imprensa. Toledo destacou que não tem como dar um aumento ao funcionalismo, antes de uma auditoria na folha da Casa Tavares Bastos.
De acordo com Fernando Toledo, são 1.300 funcionários e alguns já receberam 70% de aumento, enquanto outros não receberam nada. “A folha é cheia de vícios. É uma anomalia, por isto precisamos de uma auditoria. Eu imaginava, até ingenuamente, que isto seria rápido, mas há várias irregularidades na folha regular da Assembléia, como gratificações e promoções sem autorização”, destacou.
Além do aumento – já determinado pela Justiça – os servidores cobram ainda 9,2 folhas salariais atrasadas. De acordo com Fernando Toledo, uma auditoria na folha pode durar até seis meses. “Não há como fazer isto, sem uma auditoria, pois há fichas funcionais sem nada dentro a não ser a folha de nomeação. Queremos um diagnóstico preciso para analisar o reajuste e o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos funcionários”, colocou ainda Toledo.
O deputado estadual disse que não há manobras no Legislativo para desarticular a greve dos funcionários. “Ontem houve uma suspensão da sessão e devido à demora, os deputados estaduais dispersaram”, salientou.
Fernando Toledo disse que não sofre influências do “grupo afastado” e que terá muito pouco a esclarecer caso seja convidado pela Polícia Federal. “Não há influência sobre as minhas ações nem quem entrou, nem quem saiu. Eu trato com respeito e posso até ser convencido pelas idéias. Ninguém tem esta influência sobre mim”, afirmou o deputado estadual.
O delegado Janderlyer Gomes adiantou à imprensa que convocará Fernando Toledo a prestar esclarecimento quanto à possível influência dos deputados estaduais afastados dentro do parlamento alagoano. Gomes admitiu, inclusive, a possibilidade de prisão preventiva dos parlamentares afastados.