Sindicato diz que medidas são ineficazes para conter violência.
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas realiza nesta quarta-feira, 11, a partir das 15h, assembléia geral com a categoria. Entre os temas que serão, estão o congresso da Central Única dos Trabalhadores, a prestação de contas da entidade sindical e as medidas adotadas pelo delegado geral de Polícia Civil, Marcílio Barenco.
Segundo a diretoria do Sindpol, a direção da Polícia Civil vem implementando medidas ineficazes para frear a escalada da violência no Estado. O sindicato cita como exemplo a superlotação das delegacias que abriga, aproximadamente, 500 presos, impossibilitando o desempenho das atividades dos policiais civis.
“O delegado geral Marcílio Barenco, em conjunto com a Secretaria de Defesa Social, editou a portaria nº 001/2008 para esvaziar as delegacias. A providência teve que ser suspensa, pois a sua concretização se tornou impraticável. Em contrapartida, foram colocados em práticas medidas que penalizam policiais civis. Fuga de presos já resultou em prisão de policial”, diz o diretor de Planejamento do Sindpol, José Carlos Fernandes Neto.
Além desses problemas, os policiais civis presos estão detidos no Presídio Baldomero Cavalcanti, como se já estivessem condenados. O Sindpol se preocupa com a integridade física desses policiais, já que eles participaram de prisões de muitos criminosos que estão no mesmo presídio.
O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, se reuniu com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, nesta terça-feira, dia 10, para tratar desses assuntos. Rubim garantiu que irá transformar nove regionais em minipresídios, entregando-os ao sistema prisional, e os policiais civis irão para novas instalações. De acordo com ele, o governo já disponibiliza recursos da ordem de R$ 500 mil para isso.
O secretário também se comprometeu em transferir os policias civis presos provisoriamente do Presídio Baldomero Cavalcanti para uma distrital em Maceió, enquanto não cria um presídio policial.