Na semana passada, Janderlyer Gomes teria ido a Recife, supostamente para solicitar a prisão dos deputados afastados ao desembargador Manoel de Oliveira Erhardt, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
O presidente interino da Assembléia Legislativa de Alagoas, deputado Fernando Toledo (PSDB), irá depor na próxima sexta-feira, 13, ao delegado da Polícia Federal, Janderlyer Gomes, que preside o inquérito que apura o desvio de mais de R$ 280 milhões da folha de pessoal da ALE. O depoimento deve ocorrer às 9h e deverá ser decisivo em relação aos nove deputados afastados.
Na semana passada, segundo apurou a reportagem do Alagoas24horas, Janderlyer Gomes teria ido a Recife, onde se encontrou com o desembargador Manoel de Oliveira Erhardt, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Informações extra-oficiais dão conta que o presidente do inquérito da Operação Taturana teria solicitado a prisão dos deputados estaduais afastados por determinação do Tribunal de Justiça de Alagoas.
A informação, no entanto, não foi confirmada pela assessoria do Departamento de Polícia Federal em Alagoas. De acordo com a assessoria, Gomes – que nesta segunda-feira, 9, ouviu pessoas ligadas a instituições financeiras – está na fase de materialização do inquérito que deverá ser remetido à Justiça até 13 de julho.
No dia 2 de junho, Janderlyer Gomes disse em entrevista ao Alagoas24horas que a Polícia Federal poderia pedir a prisão preventiva dos nove deputados estaduais afastados por determinação judicial. A condição, à epoca, para o pedido, segundo o delegado, seria o depoimento de Toledo, que deverá esclarecer o porquê da liberação de recursos para os deputados afastados (verba de gabinete) mesmo após as resoluções judiciais que determinavam a suspensão do repasse. Segundo decisão do desembargador Antonio Sapucaia, os deputados afastados teriam direito, apenas, aos seus subsídios.
A Polícia Federal espera, com o depoimento de Toledo, comprovar que os deputados afastados ainda teriam influência dentro da assembléia, o que serviria de base para o pedido de prisão preventiva. Informações chegadas ao Departamento de Polícia Federal em Alagoas dariam conta que o presidente afastado Antonio Albuquerque (sem partido) ainda toma as principais decisões na ALE.