Deputado disse que juiz não autorizou revista no carro.
O deputado João Beltrão (PMN) usou a tribuna da Assembléia Legislativa, na sessão desta quarta-feira (11), para se defender da informação veiculada pela imprensa, de que teria sido flagrado com R$ 60 mil em seus carros na noite de ontem, em frente ao fórum do Barro Duro. Ele atribuiu o fato a uma perseguição pessoal do diretor-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco. Beltrão rebateu, ainda, a informação de que a revista em seus veículos tenha sido autorizada pelo juiz Geraldo Amorim.
O parlamentar iniciou seu pronunciamento negando que faça seus deslocamentos em dois veículos. “Toda a Alagoas sabe que faço minhas viagens em um único carro, acompanhado apenas por meu motorista. Logo que cheguei ao fórum senti que havia uma armação contra mim e confirmei quando pedi autorização ao juiz Geraldo Amorim para me ausentar, a fim de me dirigir à minha casa, depois das 20h, e fui seguido por uma viatura da polícia”, relatou Beltrão no plenário. O parlamentar informou que irá receber ainda hoje um documento oficial do magistrado, no qual atesta que em nenhum momento autorizou uma revista no carro.
Beltrão esclareceu, ainda, que estava com uma pasta particular, onde não constava nenhuma importância em dinheiro. “Um policial encontrou essa pasta no meu carro, afirmou que tinha dinheiro ali dentro e queria que eu a abrisse. Disse que somente faria isso com uma determinação do juiz Geraldo Amorim, o qual pediu para que eu abrisse e assim o fiz. Na minha pasta constavam documentos, mas nenhuma importância financeira”, explicou.
O delegado que comandou a revista no carro de Beltrão, alegando que existiriam dinheiro e armas, é Rodrigo Sarmento, conforme divulgado pela imprensa. O deputado João Beltrão alegou questões pessoais entre ele e o diretor-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, para o caso. Beltrão prometeu, há algumas semanas, requerer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações de Barenco no Estado, a quem o parlamentar acusa de prática de tortura e seqüestro.