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Para PF, gestores da ALE podem responder por improbidade administrativa

Janderlyer Gomes informou que a fase de depoimentos da Operação Taturana foi encerrada com Fernando Toledo e que ele pretende concluir o inquérito até o dia 23 de junho, conforme prazo estabelecido anteriormente.

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Delegado Janderlyer Gomes

Após ouvir o depoimento do presidente interino da Assembléia Legislativa de Alagoas, deputado Fernando Toledo (PSDB), por aproximadamente quatro horas, o delegado Janderlyer Gomes falou à imprensa sobre as informações fornecidas pelo parlamentar.

De acordo com o entendimento do delegado, ao repassar a verba de gabinete aos deputados afastados por decisão do então desembargador Antônio Sapucaia, do Tribunal de Justiça de Alagoas, Toledo teria agido em desconformidade com a decisão do TJ’.

Gomes confirmou que o parlamentar não será indiciado, mas reforçou que tanto Toledo como os demais gestores da Casa de Tavares Bastos, entre eles os deputados Antonio Albuquerque (sem partido) e Alberto Sextafeira (PSB) podem responder pelo crime de improbidade administrativa, desde que o Ministério Público Estadual faça a denúncia. Segundo Janderlyer Gomes, tudo que foi apurado pela Polícia Federal no que diz respeito à falta de prestação de contas e repasse em desconformidade (quantia superior ao que é permitido por lei), entre outras irregularidades administrativas, serão enviados ao Ministério Público para a adoção das medidas cabíveis.

O presidente do inquérito da Operação Taturana disse, ainda, que apesar do deputado Fernando Toledo negar a interferência dos deputados afastados, “as ações implícitas levam a crer que havia sim interferência”, explicou.

Janderlyer Gomes informou que a fase de depoimentos da Operação Taturana foi encerrada com Fernando Toledo e que ele pretende concluir o inquérito até o dia 23 de junho, conforme prazo estabelecido anteriormente. O delegado segue para Brasília, onde deverá analisar, junto com os peritos da Polícia Federal, os laudos sobre os dados financeiros de todos os investigados. Na avaliação de Janderlyer já existem provas materiais suficientes para embasar a denúncia que será enviada ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região.