Entre as atividades programadas pelo movimento está uma caminhada pelas ruas do Centro, que deve ocorrer hoje.
Sionelly Leite/Alagoas24horas
Aproximadamente 200 trabalhadores rurais ligados ao Movimento Sem Terra (MST), acampados e assentados em todo o Estado, ocupam desde o começo da manhã desta segunda-feira, 16, a Praça dos Martírios, no Centro de Maceió.
Os trabalhadores, de acordo com a assessoria do MST, vêm à capital reivindicar a liberação de recursos para a desapropriação de terras improdutivas e pressionar o Governo do Estado para que as terras pertencentes ao extinto Produban sejam destinadas para fins de reforma agrária.
Os trabalhadores rurais devem permanecer acampados por três dias em Maceió e segundo a coordenação do movimento, cerca de três mil sem-terra são esperados na cidade ainda nesta segunda-feira. Entre as atividades programadas pelo movimento está uma caminhada pelas ruas do Centro, que deve ocorrer hoje.
Os sem-terra pleiteiam, ainda, uma reunião com os representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Segundo a coordenação a pauta de reivindicações é bastante antiga, inclusive com pontos que, por mais uma vez, foram reafirmados como compromissos destes órgãos.
Ao retornarem para os assentamentos e acampamentos em abril, as famílias saíram com o compromisso do Governo do estado e do INCRA que em 15 dias questões estruturais, como o Licenciamento Ambiental que se apresentava como um impedimento para a liberação de créditos para a reforma agrária, estariam resolvidas.
Após dois meses sem que as soluções reais chegassem aos assentamentos, as famílias resolveram voltar para Maceió, onde retomaram os compromissos firmados pelo estado e INCRA. Sendo que desta vez com a disposição de só retornarem com a questão resolvida.