Manifestantes seguem da Praça dos Martírios até a Sinimbu e reúne trabalhadores rurais sem-terra e agentes penitenciários.
Trabalhadores rurais sem-terra, ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST), realizam na manhã desta terça-feira, 17, uma caminhada pelas ruas do Centro de Maceió para reivindicar a liberação de recursos para a desapropriação de terras improdutivas e pressionar o Governo do Estado para que as terras pertencentes ao extinto Produban sejam destinadas para fins de reforma agrária. A manifestação causa grande congestionamento na região.
Centenas de trabalhadores rurais – dois mil segundo o coordenadores – estão acampados desde ontem na Praça dos Martírios e prometem se juntar a outros movimentos grevistas do Estado na tentativa de fazer uma grande mobilização.
A expectativa para esta terça era de que os grevistas do nível médio da educação e da Uneal, além de agentes penitenciários e reserva técnica da Polícia Militar acompanhassem a grande manifestação. Mas, neste momento, apenas um pequeno grupo de agentes penitenciários estão concentrados na Praça Deodoro, onde aguardam a chegada dos sem-terra.
Os agentes penitenciários cobram, além do reajuste salarial da categoria, a melhoria nas condições de trabalho nas unidades prisionais do Estado. Na semana passada o Governo recuou na proposta de reajuste firmada com a categoria.
Os sem-terra seguem em caminhada da Praça dos Martírios com destino à Praça Deodoro, onde se encontram com os agentes penitenciários e se deslocam até a Praça Sinimbu, retornando em seguida para a Praça dos Martírios.
Segundo a coordenação do MST, os trabalhadores rurais devem permanecer acampados por três dias em Maceió e a expectativa é de que cerca de três mil sem-terra se desloquem do interior para a capital alagoana.
Os sem-terra pleiteiam, ainda, uma reunião com os representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Eles querem um posicionamento com relação as questões estruturais dos assentamentos e acampamentos e a liberação de crédito que ficou acordado em abril deste ano e até o momento não foi cumprido.