Pinto de Luna classificou as irregularidades como uma 'violência social'. Além da PF, Ministério Público também acompanhará a auditoria a ser realizada na folha salarial do Governo do Estado.
O secretário estadual da Gestão Pública, Adriano Soares da Costa, esteve reunido, na manhã desta terça-feira, dia 17, com as autoridades da cúpula da Secretaria de Defesa Social do Governo do Estado de Alagoas e com o superintendente da Polícia Federal, José Pinto de Luna, para apresentar o relatório da Controladoria Geral do Estado sobre as irregularidades encontradas na folha de pagamento.
Segundo Adriano Soares, o Estado de Alagoas foi lesado em aproximadamente R$ 22 milhões, por conta de funcionários fantasmas, pessoas que já haviam morrido e que recebiam salários, dentre outras irregularidades. A entrada da Polícia Federal no caso se justifica porque – conforme o relatório apresentado – foram detectadas fraudes no que diz respeito aos repasses ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e ao Imposto de Renda retido na fonte.
O secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, também se fez presente na reunião e vai designar homens da segurança pública para acompanhar as investigações. A Polícia Federal designou o delegado Adriano Moreira de Oliveira para presidir as auditorias da folha de pagamento e dos empréstimos consignados. A fraude – conforme Adriano Soares – era praticada pela Elógica RH – empresa detentora do software do sistema de confecção da folha salarial.
Soares salientou que o sistema será modificado e será aberto processo licitatório para contratação de uma nova empresa. O superintendente da Polícia Federal classificou as irregularidades como uma “violência social”, já que – segundo ele – “pessoas recebiam do Estado sem trabalhar, impedindo que funcionários tivessem reajustes devidos”, salientou Pinto de Luna.
Conforme o secretário de Gestão Pública, a fraude também foi informada aos representantes do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (GECOC) do Ministério Público Estadual (MPE).