José Antônio Muniz Lopes fez explanação sobre os novos caminhos da Eletrobrás e sua influência no Estado de Alagoas.
Governador Teotonio Vilela Filho falou sobre o grande potencial energético do Estado
“Alagoas tem superado as dificuldades, e nesta nova fase precisamos muito de energia, que é a mola fundamental para o nosso desenvolvimento”. A afirmação foi feita pelo governador Teotonio Vilela Filho, durante a terceira reunião ordinária do Conselho Estadual de Política Energética (Cepe), realizada na manhã desta quarta-feira, no Palácio República dos Palmares.
O governador falou sobre o grande potencial energético do Estado, especialmente quanto à geração de energia renovável, mas também citou a necessidade de novos investimentos nessa área já que, em breve, teremos um aumento de demanda com a instalação de 29 novos hotéis, 15 novas indústrias e o shopping Pátio Maceió, no Tabuleiro dos Martins.
O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, que também participou da reunião do conselho, fez uma explanação sobre “Os novos caminhos da Eletrobrás e sua influência no estado de Alagoas” e assinou convênio com a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea).
O convênio entre a Eletrobrás e a Federação garante a implantação do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), com foco nos sistemas motrizes das unidades industriais alagoanas. A Fiea irá indicar um grupo de multiplicadores que serão capacitados por instrutores da Eletrobrás, que atuará nas indústrias. O convênio tem duração de dois anos, podendo ser renovado por mais dois anos, e possibilita a implantação de um laboratório de sistemas motrizes na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
As indústrias representam 46% do consumo de energia em todo o país, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Por isso, a atenção do governo federal e estadual em implantar um programa de eficiência energética nesse segmento. O governo de Alagoas já solicitou a atuação do Procel em outras áreas: residência, comércio, prédios públicos, edificações e saneamento.
Sobre a Companhia Energética de Alagoas (Ceal), José Antônio Muniz explicou que a empresa apresenta alto índice de inadimplência, o que compromete sua capacidade de investimentos. Ele afirmou que os novos diretores da Ceal são técnicos de grande capacidade e que conhecem a realidade do Estado. “Eu tenho convicção de que observaremos um salto de qualidade em Alagoas”, afirma o executivo, fazendo referência a busca pelo crescimento da Eletrobrás no Brasil e no mercado internacional.
Com o tema “Necessidades de Investimentos em Energia Elétrica para a nova fase de desenvolvimento de Alagoas”, o secretário-adjunto de Minas e Energia da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Geoberto Espírito Santo, listou algumas solicitações ao presidente da Eletrobrás: aumentar a capacidade de gestão da Ceal para realização dos investimentos programados, assegurar investimentos de R$ 300 milhões no biênio 2009/2010, defender a criação de mercado de energia complementar no Nordeste, prestar informações sobre os convênios dos atlas eólico e solar e maior participação do Procel em Alagoas.
Como presidente do Conselho Estadual de Política Energética, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, que realizou a abertura da solenidade, destacou a presença de empresários e líderes de instituições e sociedade, participantes das decisões sobre o setor energético alagoano.