Os deputados oposicionistas, entre eles, o deputado estadual Judson Cabral (PT), não deve votar nos colegas parlamentares.
O deputado estadual Marcos Ferreira (PMN) disse que não existe o clima de disputa colocado pela imprensa, entre o deputado estadual afastado Antônio Albuquerque (sem partido) e o ex-deputado estadual Celso Luiz (PMN) pela vaga de conselheiro do Tribunal de Contas. A candidata de Celso Luiz é a própria esposa, a deputada estadual Cláudia Brandão (PMN). Já Albuquerque, estaria dando apoio a Barros.
Marcos Ferreira disse – minutos antes de começar a sabatinada dos candidatos na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas – que não tem sentido o clima de disputa e que os candidatos ao Tribunal de Contas do Estado devem ter chances iguais de pleitear o cargo. Ferreira, no entanto, colocou que é natural a preferência pelos parlamentares, por já estarem envolvidos no cotidiano do Legislativo.
Os deputados oposicionistas, entre eles, Judson Cabral (PT), deve não votar nos colegas parlamentares. Os demais candidatos, que não fazem parte do parlamento, podem ainda contar com os votos dos suplentes. Porém, a disputa se concentra mesmo entre Gilvan Barros e Cláudia Brandão.
Apesar de negar a influência de Albuquerque, Marcos Ferreira – que presidiu a sessão das sabatinas, por integrar a Comissão de Orçamento – confirmou que o ex-deputado Celso Luiz (que é um dos indiciados na Operação Taturana) fez campanha em favor de Cláudia Brandão. “É um direito legítimo ele pedir voto. Eu quando sou candidato, vou à casa dos meus eleitores”, salientou ainda Ferreira.
O deputado estadual destacou – pelo menos segundo ele mesmo – que o que vai prevalecer na eleição para a vaga de conselheiro é a “conduta ilibada e o conhecimento público e notório de cada um, nas áreas jurídicas e contábeis”. Os candidatos aprovados para concorrer ao cargo devem ser votados, em cédula única, pelo parlamento e o nome encaminhado para o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), para ser sancionado.
Dos candidatos inscritos, apenas Rodrigo Gaia não compareceu. Os sete demais – Richard Manso, Dário César Barbosa, Gilvan Barros, Cláudia Brandão, Marco Toledo, Cristiano Martins de Almeida e Alberto Cabús – se fizeram presentes. “O processo deve ocorrer da forma mais tranqüila”, disse ainda Marcos Ferreira, que acrescentou que deve respeitar os trâmites jurídicos.
Nos bastidores, se comenta que a eleição é disputada apenas pelos deputados estaduais Gilvan Barros e Cláudia Brandão, sem chances para os demais concorrentes. O advogado Richard Manso salientou que – “apesar do jogo de cartas marcadas” – a eleição para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas é uma oportunidade para nomes se apresentarem para “moralizar o processo”. Manso é autor de uma ação judicial que resultou no corte do duodécimo da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas.
“Diante da crise que vive o parlamento, com acusações de crimes de desvio de dinheiro, os deputados estaduais não deveriam sequer se candidatar. Mas, eu estou na disputa, mesmo sabendo que é quase impossível uma vitória, diante do jogo político. O que sei é que tenho uma conduta compatível com o cargo. O edital do concurso possui falhas que precisam ser corrigidas, entre elas, a investigação da conduta ilibada de cada candidato que se apresenta”, colocou.
Richard Manso disse ainda que não teme represália dos deputados estaduais por conta da ação movida contra o parlamento e que se apresenta como candidato, porque sabe que pode contribuir para o desenvolvimento do Estado de Alagoas.
Entre os candidatos, dois são funcionários do Tribunal de Contas do Estado: Dário César e Cristiano Martins. “Eu me candidatei para tentar sanar uma irregularidade jurídica, que é a falta de um integrante na área de auditoria entre os conselheiros do Tribunal de Contas”, salientou. Martins coloca que sua eleição seria uma quebra de um paradigma. “Não tenho ligações políticas, nem com pessoas ligadas ao poderio econômico deste Estado”, complementou ainda.
Marco Toledo – que é presidente do PTdoB – diz querer levar ao Tribunal de Contas sua experiência na militância na área da advocacia. “Já fui secretário e posso contribuir para o crescimento do Estado de Alagoas”, disse ainda. O mesmo discurso é feito pelo empresário Alberto Cabús: “Eu acredito na sociedade alagoana quero contribuir para o crescimento desta”.