De acordo com o superintendente do Departamento de Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, que comanda as operações, foi necessário a utilização de uma retroescavadeira para chegar ao corpo.
Uma investigação da Polícia Federal em Alagoas levou à descoberta de uma ossada humana enterrada em uma cova de aproximadamente cinco metros de profundidade em terras da Fazenda Gibaba, zona rural do município de Satuba, no km 272 da BR-316, a apenas 20 quilômetros de Maceió.
De acordo com o superintendente do Departamento de Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, que acompanha as operações – comandada pelo delegado federal José Edilson Freitas – foi necessário a utilização de uma retroescavadeira para chegar a parte da ossada. Até o momento o crânio não foi localizado.
O superintende disse, ainda, que a ossada pode pertencer a uma vítima de execução. Segundo Pinto de Luna, a vítima já teria sido identificada, mas essa informação só será fornecida após a realização de exames de arcada dentária ou DNA, para ‘não criar falsas expectativas’ nos familiares.
Luna garantiu que no prazo de dez dias o exame de DNA deve determinar a identidade da vítima, mas já antecipou que a ossada pode pertencer a um homem, de mais de 30 anos, que desapareceu há três anos da região Sul do Estado. E execução da vítima configuraria como mais um crime de mando no Estado.
Pinto de Luna afirmou que a Polícia Federal acredita na existência de vários cemitérios clandestinos em Alagoas. A propriedade onde a ossada foi encontrada pertence a uma pessoa identificada como Gilberto Soares, que adquiriu a fazenda há aproximadamente um ano.
Questionado se a vítima figuraria em algum crime rumoroso do Estado, Pinto de Luna disse que esta visão sobre a PF precisa ser desmistificada. “Recebemos a denúncia e apuramos. É importante que fique claro que não é apenas um corpo. É uma pessoa que foi executada, há mandantes e executores”, disse Luna.
E completou, ‘precisamos chegar aos mandantes’. Questionado porque a denúncia não foi encaminhada à Polícia Civil, Pinto de Luna foi irônico e questionou: ‘E a Polícia Civil investiga?’. Segundo o superintende, existe um inquérito aberto sobre o desaparecimento da suposta vítima.
Atualizada às 13h44