Em 6 meses, houve aumento de mais de 100%.
Rio – A Polícia Federal incinerou, 210 quilos de cocaína pura, no fim da manhã desta terça-feira, no forno crematório da Infraero, que fica em uma área atrás do antigo Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte.
A droga foi apreendida com traficantes ou “mulas” que saíam ou chegavam no Aeroporto Internacional Tom Jobim. No ano passado, no mesmo aeroporto e período, foram apreendidos 105 quilos da droga.
“Houve um acréscimo de 105% nas apreensões realizadas por nossos agentes, em relação aos primeiros seis meses do ano passado. A Polícia Federal aumentou a fiscalização e, além da revista pessoal, está utilizando aparelhos de raio-x e cães farejadores, treinados única e exclusivamente para encontrar drogas em poder de passageiros”, disse o delegado Agostinho Cascardo, chefe substituto da Delegacia de Polícia Federal no Aeroporto Internaional.
Para transportar a droga da delegacia do aeroporto até o forno crematório, a Polícia Federal precisou usar três viaturas. Outras três foram empregadas para levar agentes da escolta e segurança e uma outra levou o delegado, a escrivã, dois peritos e dois médicos da Anvisa.
O delegado Agostinho Cascardo disse que o “cofre da Federal, que já estava estourando, bombou”, e não tinha mais onde guardar tanta cocaína. Por este motivo, resolveu pedir autorização à justiça e antecipar a queima da droga, que estaria prevista para o fim do ano”, revelou.
Segundo ele, este ano, além dos 210 quilos de cocaína, foram apreendidos no Aeroporto Internacional Tom Jobim 41 mil comprimidos de ecstase, 17 mil 600 pontos de LSD e 75 pessoas foram presas em flagrante por tráfico de drogas, sendo 48 homens e 27 mulheres. No ano passado, na mesma época, foram presas 29 pessoas acusadas de tráfico quando embarcavam ou desembarcavam no Aeroporto Internacional. Este ano houve um acréscimo de 158% no número de pessoas presas, segundo o delegado.
Ainda segundo Agostinho Cascardo, os traficantes tentam as mais variadas modalidades de ação para tentar enganar a polícia e passar com a droga. “Muitos engessam uma perna, sem estar quebrada, e colocam a cocaína dentro do gesso. Outros – como no caso dos angolanos – engolem as cápsulas. O delegado disse que há casos em que os africanos chegam a engolir de 70 a 120 cápsulas de cocaína. Outros dois casos de tentativa de enganar a polícia, explicou o policial, é transportar a droga no ânus ou na vagina.
Houve um caso, este ano, de uma esteira que foi comprada no exterior e depois de desembarcar, no momento em que estava sendo examinada, os policiais descobriram que havia sete quilos de cocaína escondidos em seu interior.