Henrique Ricardo teria chegado à Unidade de Emergência no dia 15 de junho, vítima de um ferimento à bala, após tiroteio no bairro de Chã da Jaqueira.
Após a descoberta de um reeducando entre os pacientes da Unidade de Emergência Armando Lages, a Intendência Geral do Sistema Penitenciário anunciou nesta quarta-feira, 2, que assumirá a guarda do preso e que ainda hoje a enfermeira-chefe do sistema deve ir à UE para avaliar o estado geral do paciente. A expectativa é de que o paciente possa ser reconduzido ao sistema em oito dias.
Segundo informações da assessoria da Igesp, Henrique Ricardo Gonzaga dos Anjos, 27, teria fugido da Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião, no dia 2 de setembro de 2007, quando a unidade prisional era gerida pelo policial civil Osvaldo Bitencourt.
Henrique Ricardo teria chegado à Unidade de Emergência no dia 15 de junho, vítima de um ferimento à bala, após tiroteio no bairro de Chã da Jaqueira. Ao chegar à UE, o reeducando teria fornecido um nome falso, de Adalberto Costa dos Santos, o que provocou desconfiança entre os policiais do posto do HPS, que passaram a investigá-lo.
Durante depoimento prévio aos policiais, o paciente teria dito que omitiu seu verdadeiro nome com receio de sofrer novo atentado e voltou a fornecer um nome falso, desta vez de Ricardo Freitas da Silva, mas foi mais uma vez desmascarado pelos policias.
Henrique Ricardo foi preso acusado de tráfico de entorpecentes e aguardava julgamento na Casa de Detenção de Maceió.
Episódio semelhante ao que foi registrado com Henrique Ricardo aconteceu em agosto do ano passado, com o reeducando Jamerson dos Santos Oliveira. O preso, à época fugitivo do Cadeião, foi levado para a Unidade de Emergência Armando Lages, após ser ferido em um tiroteio em um churrasquinho no Conjunto Graciliano Ramos.
Jamerson deu entrada no hospital utilizando o nome de Vagner dos Santos, mas foi reconhecido e denunciado. O reeducando era procurado pela Polícia Civil de Alagoas e considerado extremamente perigoso, com envolvimento em seqüestros, homicídios e assaltos. Segundo a Polícia Civil, ele integraria uma das maiores quadrilhas de assaltantes do Estado, comandada por Genivaldo Paulo de Lima, o “Sassá” e foi morto em fevereiro deste ano.