De acordo com Conselho Estadual de Saúde, há desinformação
O Conselho Estadual de Saúde (CES) decidiu convocar uma reunião extraordinária para o próximo dia 16, às 14hs, com a presença de técnicos das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de Maceió, além de representantes do Ministério Público, para discutir a situação do 2º Centro de Saúde, que precisa ter seus serviços relocados para outras unidades a fim de que sejam feitos estudos de viabilidade de sua reestruturação.
O presidente do CES, Benedito Alexandre, e alguns conselheiros que integram o Movimento Unificado da Saúde disseram que visitaram a unidade e constataram que há desinformação, tanto da comunidade quanto por parte dos funcionários, sobre o que vai acontecer com os serviços ofertados e com os profissionais. Já a conselheira Débora Matos afirmou que é preciso analisar o redimensionamento dos serviços e dos funcionários, observando a qualificação dos servidores, para que não sejam sublocados.
Durante a reunião, a superintendente de Atenção à Saúde do Estado, Sylvana Medeiros, explicou os motivos que levaram a Sesau a solicitar o remanejamento de serviços e profissionais da unidade, para que seja realizada uma reforma estrutural no prédio. Disse que está sendo cumprido um cronograma de reuniões com os profissionais do centro, por categoria, para explicar a necessidade da relocação dos serviços e dos profissionais, desde o dia 20 de junho. Ontem, 2 de julho, a reunião foi com dermatologistas, oftalmologistas, obstetra e ginecologistas. Nesta sexta-feira, dia 4, será a vez de reunir os odontólogos.
Sylvana Medeiros informou que no ano passado, técnicos da Sesau e da Secretaria Municipal de Saúde discutiram a viabilidade do repasse de algumas unidades que ainda se encontram com o Estado. E que a Sesau assumiu o compromisso de reformar essas unidades antes de repassá-las ao município, lembrando que já foram reformadas a Clínica Infantil Deise Breda (Centro), e os ambulatórios 24 horas João Fireman (Jacintinho) e Denilma Bulhões, no Benedito Bentes.
Com relação ao 2º Centro, Sylvana informou que foi realizado levantamento de recursos humanos, de patrimônio e visita à unidade detectando a necessidade de reforma. O prédio que abriga o 2º Centro de Saúde foi condenado pela Vigilância Sanitária e apresenta problemas estruturais graves de rede física, hidráulica e elétrica, além de estar fora das normas da Anvisa, como por exemplo, a falta de acessibilidade para portadores de deficiência física.
De acordo com Sylvana, em maio foi enviado ofício à SMS informando a desativação de alguns serviços e solicitando a transferência dos programas de Tuberculose, Hanseníase, e Imunização. Como não obteve resposta oficial, em junho a Sesau enviou novo ofício solicitando a transferência dos programas e informando que com a desativação dos serviços os profissionais não absorvidos pelas unidades estaduais, serão disponibilizados para o município.
A chefe de gabinete da Sesau, Noélia Barbosa, garantiu que será divulgada uma nota esclarecedora sobre o que está acontecendo com o 2º Centro. Sylvana destacou que cabe ao Município de Maceió definir para onde os serviços serão remanejados e que perfil o 2º Centro passará a ter após a reforma. Atualmente, segundo a superintendente, 50% do atendimento da unidade é de atenção básica, e o restante de especialidades.