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Paracelso: delegados começam a ouvir presos

Depoimentos acontecem na tarde desta terça-feira.

Cinco delegados da Polícia Civil de Alagoas iniciaram no início da tarde desta terça-feira (15) a tomada de interrogatórios de pessoas presas durante a Operação Paracelso que desmantelou um grande esquema de roubo e desvio de cargas, adulteração de combustíveis e de cimento, sonegação fiscal e falsificação de documentos, entre outros crimes.

Os depoimentos estão sendo prestados aos delegados Gilson Rego, Rodrigo Sarmento, Aydes Ponciano Dias, Ronilson Alves e Kátia Emmanuelly, na Academia de Polícia Civil de Alagoas (Apocal), no Pontal da Barra, para onde todos os presos – num total de 27 – foram conduzidos por um comboio policial. Mais sete pessoas foram presas em São Paulo e Bahia e serão também transferidos para Maceió, ainda hoje, e ouvidos pela polícia alagoana.

Esta foi a maior operação já realizada em toda a história da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mobilizando 280 policiais de treze estados e do Distrito Federal, além de 80 viaturas. Os mandados de prisão, busca e apreensão – expedidos pelos juízes da 17ª Vara Criminal de Maceió – foram cumpridos em Alagoas, Bahia e São Paulo, e tiveram a participação também de cerca de 20 policiais civis alagoanos, comandados pelo delegado Mário Jorge Barros.

O trabalho de investigação foi iniciado há cerca de um ano e teve origem da constatação de um aumento no número de roubo de cargas que saíam principalmente do Pólo Petroquímico de Camaçari.(BA), conforme revelou o inspetor Alexandre Castilho, assessor de Comunicação da PRF, em Brasília.

O esquema criminoso funcionava com ataques a caminhões-tanques pelos integrantes de três quadrilhas que se articularam num grande grupo criminoso. O combustível roubado era adulterado e vendido nos três estados, onde ocorreu a operação.

O grupo também atuava no desvio de combustíveis, solventes e outros produtos químicos, além da adulteração de cimento que era misturado a areia e negociado em diversos estados.

A polícia calcula que a organização criminosa atuava há cerca de dez anos e lucrava em torno de R$ 2 milhões, por mês, afora o desvio de 600 mil litros/mês de combustíveis.

O balanço geral da operação, incluindo nomes dos presos e material apreendido, será apresentado durante uma entrevista coletiva, às 15 horas, no auditório do Ministério Público Estadual, no bairro do Poço.