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Bebê é enterrado após 21 anos congelado

Ele morreu na noite que tomou uma vacina tríplice.

Um bebê morto aos 4 meses de idade deverá ser enterrado depois de passar 21 anos congelado em uma câmara mortuária de um hospital no norte de Londres, por causa de uma disputa sobre a causa de sua morte.
Christopher Blum morreu na mesma noite em que tomou uma vacina tríplice de rotina no hospital North Middlesex.

A causa indicada no atestado de óbito é “síndrome da morte súbita”, versão que não é aceita pelos pais. Eles afirmam que uma amostra de sangue retirada do bebê indicava uma infecção, que seria resultado de uma vacina contaminada .

Com a disputa, os pais se recusaram a assinar o registro de óbito, impedindo que o bebê fosse enterrado e fazendo com que o corpo permanecesse congelado na câmera mortuária desde então, a um custo de 15 libras (cerca de R$ 50) por semana.

Com autorização do Registro Geral, a sub-prefeitura de Enfield, onde funciona o hospital, registrou a morte de Christopher Blum sem a assinatura dos pais e entrou em contato com a família, pedindo que eles decidam até o dia 18 de agosto como querem o funeral e o que querem inscrito na lápide do túmulo.

"Nós reconhecemos que este é um assunto difícil e sensível para o senhor Blum. Mas, depois de 21 anos, acreditamos que Christopher deve agora descansar", informou a sub-prefeitura, que deve arcar com os custos do funeral.

Segundo a mídia britânica, o pai de Christopher, Steven Blum, estaria se preparando para apelar da decisão da sub-prefeitura na Alta Corte, como uma última tentativa de impedir o funeral.

Os jornais afirmam que o hospital alega que a amostra de sangue foi contaminada em laboratório, mas o pai reclama que outras duas amostras de reserva sumiram, bem como os órgãos do bebê.

Ele diz que simplesmente não aceita o registro de óbito porque a síndrome da morte súbita é apresentada quando não há uma causa estabelecida para a morte, o que, segundo ele, não seria o caso de seu filho.

Steven Blum se disse “enojado” com a situação, alegando que ainda não encerrou suas investigações. O caso dele chegou a contar com o apoio de uma organização de vítimas de acidentes médicos (Avma, na sigla em inglês). Seu pedido pela abertura de um inquérito, no entanto, foi negado.