'É a primeira vez que vejo uma pessoa fazer uma perigrinação para ser preso. Isto prova que meu cliente não estava foragido', argumentou o advogado do promotor.
O promotor acusado de pedofilia, Carlos Fernando Barbosa de Araújo, que teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, no início desta semana, se entregou na tarde desta sexta-feira, 01, no Quartel da Polícia Militar de Alagoas.
O advogado do promotor, Welton Roberto, disse que Carlos Fernando estava fora do Estado desde a semana passada e que assim que soube da decisão do Pleno do TJ, na última terça-feira, 29, teria se organizado para voltar a Alagoas e se entregar no Quartel.
“Meu cliente me ligou por volta das 7h de hoje dizendo que havia estado no Quartel e que não ficou preso, porque o comando não havia recebido a documentação necessária. É a primeira vez que vejo uma pessoa fazer uma perigrinação para ser preso. Isto prova que meu cliente não estava foragido”, argumentou o advogado.
Ainda segundo Welton Roberto, a documentação do TJ autorizando o recolhimento do promotor chegou por volta das 15h30. “Somente depois de resolver esta questão burocrática, ele conseguiu se entregar”, completou.
O advogado entrará na próxima semana com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para ganrantir que o acusado possa responder ao processo em liberdade. “Vamos trabalhar para que ele aguarde o andamento do processo em liberdade, uma vez que durante toda a investigação ele esteve solto e nunca representou ameaça”, ressalta Roberto.
O promotor é acusado de molestar a própria filha e uma enteada. A acusação partiu da própria filha. De acordo com os depoimentos, ela era molestada sexualmente desde os 12 anos (agora tem 24 anos) e que ele só parou há poucos meses.
A segunda vítima do promotor seria, segundo consta no processo, uma menor de apenas 13 anos de idade, enteada de Carlos Fernando.