A insatisfação de Canuto teria eclodido com o apoio de José Wanderley à candidatura do atual prefeito de Pilar, Oziel Barros, arqui-rival de Canuto.
O deputado federal e candidato à Prefeitura de Pilar, Carlos Alberto Canuto, dará entrada, na próxima segunda-feira, dia 4, no pedido de expulsão do vice-governador de Alagoas, José Wanderley Neto, dos quadros do PMDB.
Canuto deve protocolar a ação, pessoalmente, no diretório nacional do PMDB, em Brasília (DF), para onde viaja nesta segunda. Como sustentação para a expulsão, o deputado irá alegar ‘o desrespeito aos princípios partidários’ supostamente cometidos por Wanderley Neto na disputa eleitoral de Pilar.
A insatisfação de Canuto teria eclodido com o apoio de José Wanderley à candidatura do atual prefeito de Pilar, Oziel Barros, arqui-rival de Canuto. O apoio, segundo a avaliação de Canuto, contraria a orientação do partido, uma vez que o vice-governador estaria apoiando outro candidato, quando o PMDB possui um postulante à prefeitura.
A campanha política em Pilar começou acirrada. De tão tumultuada, o juiz da comarca, Rodolfo Ozório Gatto, suspendeu no último dia 30 de julho a propaganda eleitoral por cinco dias, depois do registro de uma ocorrência policial durante um comício na cidade. A suspensão deve ser encerrada nesta segunda-feira, 4, mas o clima é tenso na cidade.
Canuto, no entanto, pode ser alvo do mesmo remédio jurídico, já que nas eleições para o Governo do Estado, em 2006, o deputado apoiou o então candidato João Lyra (PTB), contrariando a orientação do PMDB, que à época apoiou o tucano Teotonio Vilela Filho, atual governador do Estado.
A reportagem do Alagoas24horas tentou entrar em contato com a assessoria do vice-governador, José Wanderley Neto, mas não obteve êxito.