Problema em São Paulo agravou a situação.
A Infraero informou em seu site, às 17h, que 347 dos 1132 vôos programados (30,7%), da 0h até o horário, apresentavam atraso superior a 30 minutos. O movimento é grande nos aeroportos do País devido ao fim das férias escolares. Além disso, um problema no serviço regional de proteção ao vôo de São Paulo ocorrido às 11h45 aumentou o intervalo entre pousos e decolagens nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas pela manhã e início da tarde deste sábado.
De acordo com a Infraero em Congonhas, após o fechamento total do aeroporto às 11h45, os pousos voltaram a acontecer às 11h55 e às 13h20 as decolagens também foram normalizadas. Já em Cumbica (Guarulhos), as decolagens foram suspensas às 11h45 e apenas os aviões que estavam em procedimento de aproximação com Guarulhos foram autorizados a realizar o pouso.
Até as 13h, apenas as decolagens haviam sido autorizadas e os pousos começaram a se normalizar por volta das 13h30.
No Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, 56 dos 149 vôos (37,6%) estavam atrasados às 17h. Em Congonhas, na capital paulista, 42 dos 131 (32,1%) apresentavam atraso superior a 30 minutos. No Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), quatro dos 17 vôos (23,5%) programados registravam atraso.
Os terminais que registravam a pior situação (100%) era o de Boa Vista, em Roraima, com os três vôos programados atrasados, e Cruzeiro do Sul, no Acre, com o único vôo previsto até o horário atrasado. Outros aeroportos que apresentavam altos índices às 17h eram Natal, no Rio Grande do Norte, com 10 dos 20 vôos (50%) atrasados; Petrolina, em Pernambuco, com um dos dois vôos (50%); Marabá, no Pará, com dois dos quatro vôos (50%); Navegantes, em Santa Catarina, com dois dos quatro vôos (50%); Juazeiro do Norte, no Ceará, com um dos dois vôos (50%); Florianópolis, em Santa Catarina, com 11 dos 27 vôos (40,7%); Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com 19 dos 44 vôos (43,2%); Aracaju, em Sergipe, com cinco dos 11 vôos (45,5%); e Brasília, com 31 dos 80 (38,8%).
Devido à pane, diversos vôos que seguiam para os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, tiveram o destino alterado para o de Viracopos, em Campinas. Pelo menos oito aeronaves foram desviadas e forçadas a pousar em Campinas a fim de reabastecer e aguardar em solo a autorização para pouso em São Paulo.
Em entrevista à rádio CBN, o assessor de imprensa da Aeronáutica, tenente-coronel Henry Munhoz, afirmou que houve queda de energia no serviço de proteção ao vôo e que a falha não foi compensada pelos sistemas de segurança.
Sem o sistema, foi necessário aumentar a distância entre os aviões que sobrevoavam a cidade e fazer os pousos e decolagens com intervalo maior, informou o tenente-coronel na entrevista à CBN.
Munhoz informou ainda que a Aeronáutica vai instaurar um procedimento formal para apurar as causas da falha no serviço de proteção ao vôo da capital paulista.