Cariocas deixam o campo hostilizados pela torcida
Coritiba domina o Vasco em São JanuárioO Coritiba aproveitou as fragilidades da defesa do Vasco e a pressão da torcida na arquibancada para vencer por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, em São Januário, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sob as vaias e os gritos de "olé" das arquibancadas, os cariocas perderam mais uma partida na competição e voltam a ficar a perigo, próximos à zona de rebaixamento da competição.
Com o resultado, o Coritiba chegou aos 29 pontos na tabela de classificação. O Vasco permaneceu com 19. Na próxima rodada, a última do primeiro turno do Campeonato Carioca, os cariocas vão enfrentar o Vitória, no Barradão. Os paranaenses encaram o Sport, no Couto Pereira. Os dois jogos vão ser realizados no próximo domingo.
Coxa aproveita bobeada do Vasco
O jogo começou nervoso, principalmente pelas reclamações dos torcedores do Vasco com o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden. Logo no primeiro minuto, após uma falta em Wagner Diniz, o juiz deixou a partida seguir e irritou os vascaínos na arquibancada. O Coritiba iniciou melhor o confronto, com maior posse de bola, trocando passes pelas laterais do campo. Destaque para a velocidade do ala Guaru.
Aos 16, o primeiro lance perigoso do jogo. Edmundo cobra falta da intermediária na cabeça de Anderson. O zagueiro chega antes da marcação, mas cabeceia por cima do gol de Vanderlei. A partida seguiu muito ruim, com os dois times mostrando muita disposição, mas pouca objetividade. Diferentemente dos últimos compromissos no Brasileirão, a zaga do Vasco parecia mais bem postada.
Aos 30, o Vasco teve uma ótima oportunidade para abrir o marcador. Madson recebeu na entrada da área, cortou um zagueiro e chutou no canto de Vanderlei. O goleiro se esticou todo e colocou para escanteio. Dois minutos depois, Alê arriscou da intermediária, a bola desviou em Anderson e sobrou para João Henrique, dentro da área. Sozinho, o meia deslocou Tiago para marcar.
O Vasco tomou um susto com o gol do Coxa, e a torcida seguia fazendo o seu papel na arquibancada: "O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amor". Aos 37, Guaru, um dos melhores em campo, recebeu sozinho no meio-campo, carregou a bola até a área do time carioca e driblou o goleiro Tiago. Na hora de finalizar, o meia foi travado por Rodrigo Antônio. No minuto seguinte, Madson tentou da entrada da área e errou. Desta vez, o coro dos cruzmaltinos foi diferente: "Ei, Vasco, vamos virar". Na saída para o vestiário, Lopes foi chamado de "burro".
Vasco volta melhor, mas Coxa aproveita contra-ataques
Cansado da pouca objetividade do seu meio-campo, o técnico Antônio Lopes voltou para o segundo tempo com Alex Teixeira na vaga de Victor. E logo no primeiro minuto da etapa final, Madson fez boa jogada pelo lado direito e cruzou para Edmundo. O Animal escorou na entrada da pequena área, mas errou o alvo. O time da Colina confirmou a subida de produção, mas com uma chance desperdiçada, aos dois minutos. Madson entrou na área e chutou de direita para Vanderlei defender com tranqüilidade.
Aos 3, o Coxa quase ampliou. Rodrigo Heffner invadiu pela direita e cruzou para Keirrison. O jogador chegou atrasado não conseguiu tocar para o fundo da rede. Com o passar do tempo, a torcida voltou a ficar impaciente com a equipe. Aos 11 minutos, o Vasco perdeu uma chance de ouro. Em um contra-ataque rápido, Alex Teixeira recebeu de frente para o goleiro e desperdiçou. Na sobra, Madson tirou Vanderlei, mas chutou por cima do gol.
Lopes decidiu atender ao apelo dos torcedores apenas aos 19 minutos. O treinador sacou o lateral-esquerdo Edu, que deixou o campo vaiado, e apostou na entrada de Jean. Aos 27, Leandro Amaral recebeu passe de Edmundo dentro da área. O camisa 11 passou por um zagueiro e chutou fraco.
Mesmo com o Vasco melhor, o Coxa foi quem chegou ao segundo gol. Ricardinho fez boa jogada pela direira e cruzou na cabeça de Keirrison. O jogador aproveitou a falha da zaga e marcou o segundo gol. O lance serviu para acirrar os ânimos dos torcedores, que passaram a intensificaram o pedido para a saída de Antônio Lopes e hostilizaram o presidente Roberto Dinamite, que estava na tribuna de honra de São Januário.