Justiça Federal mandou suspender energia e água dos invasores do PAR.
Após o descumprimento, pelos réus que invadiram imóveis residenciais pertencentes à Caixa Econômica Federal, do acordo homologado em juízo, foi proferida ordem imediata de desocupação do imóvel Residencial Ernesto Maranhão.
A juíza substituta da 3ª. Vara Federal, Cíntia Brunetta, determinou à Companhia Energética de Alagoas – CEAL, que fosse interrompido o fornecimento de energia elétrica ao residencial ocupado, ressaltando que também caberá a Ceal o controle e fiscalização para que não haja burla a esta interrupção. Igual determinação foi dada também para a Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento do Estado de Alagoas, para que, interrompa o serviço de fornecimento de água aos imóveis ocupados.
A assessoria de comunicação da Casa, no entanto, informou à reportagem do Alagoas24horas, que a Caixa ainda não transferiu para a companhia a responsabilidade sobre a água do residencial.
Outra medida tomada pela juíza federal foi oficiar à Corregedoria da Polícia Militar de Alagoas, à Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, à Secretaria de Recursos Humanos do Estado e à Prefeitura Municipal requisitando providências para a identificação e punição dos agentes públicos (policiais militares, agentes penitenciários e outros) envolvidos na ocupação e na desobediência à ordem judicial, encaminhando-se a relação completa com os nomes dos invasores.
Segundo a magistrada, no caso de não haver a desocupação do residencial até as 8 horas do dia 8 de agosto (sexta-feira), deverá a Caixa Econômica Federal excluir de qualquer análise de crédito ou requisitos para ingresso no PAR os núcleos familiares que participaram da ocupação.
Ressaltou "que a medida adotada pelos invasores não pode ser premiada pela Administração, colocando-os em posição mais vantajosa na busca pela casa própria do que aqueles indivíduos que aguardaram e ainda aguardam, pacificamente, a contratação referente aos imóveis agora ocupados. Legitimar tal ocupação, segundo a magistrada, é legitimar o uso da força" e da "justiça feita pelas próprias mãos".
O moradores do Residencial Ernesto Maranhão estão reunidos em assembléia e afirmaram que só irão se pronunciar depois que definir alguma estratégia.