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Polícia Civil apresenta assaltante de banco preso em Sergipe

Por meio de escutas telefônicas os policiais teriam interceptado uma conversa na qual o acusado combinava com um parceiro a vinda a Alagoas para adquirir armamento e munições para a realização de assaltos no Estado.

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Delegados do Nirco não descartam novas prisões

Os delegados do Núcleo de Investigação e Repressão ao Crime Organizado (Nirco) apresentaram na manhã desta sexta-feira, dia 8, José Nadson de Santana Junior, 29, acusado – entre outros cries – de assaltar a agência do Bradesco localizada na Avenida Thomaz Espíndola, em maio deste ano.

A prisão de José Nadson foi realizada pela Polícia Civil de Sergipe, durante a investigação de um grupo de extermínio que atuaria na capital sergipana. Por meio de escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, os policiais teriam interceptado uma conversa na qual o acusado combinava com um parceiro – identificado como Matuto-, a vinda a Alagoas para adquirir armamento e munições para a realização de assaltos no Estado.

Matuto, segundo a Polícia Civil de Alagoas, é Ricardo Jorge Barbosa da Silva, que foi preso por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no começo de junho, e que está preso na carceragem da Polícia Federal em Alagoas. Também conhecido como ‘Doutor’ ou ‘Zé Pintinho’, Matuto é apontado pela polícia como líder do bando que atuava em todo o Estado e possui grande organização.

Após o assalto à agência do Bradesco, o bando ainda teria tomado em assalto uma caminhonete Frontier, no bairro da Gruta. Segundo o delegado Denisson Albuquerque, por se tratar de uma quadrilha com muitos membros, novas prisões não estão descartadas. Pelo menos duas – previamente identificadas – são consideradas foragidas.

Ainda de acordo com Albuquerque, no começo de junho, a Polícia Civil de Alagoas prendeu dez pessoas ligadas ao assalto ao Bradesco. Entre elas, um homem identificado apenas como Barriga, que antes do assalto teria depositado R$ 35 mil na agência, e após o assalto providenciou novo saque, lucrando mais R$ 35 mil e lesando a instituição financeira.

Albuquerque antecipou que já solicitou aos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital a autorização para investigar as movimentações financeiras da quadrilha e descobrir quem foi o responsável pelo saque.

Mais acusações

Ainda de acordo com a Polícia Civil, pesa contra José Nadson o crime de falsidade ideológica. O acusado teria se passado por advogado e liberado seu ex-cunhado, Joseph Stuart, de uma delegacia de Largarto (SE).

Stuart, que está preso no Presídio de Segurança Máxima de Catanduvas, assassinou tempos depois um agente penitenciário de Sergipe. Em entrevista à imprensa, José Nadson negou qualquer participação em crimes.

Nadson disse que trabalha como revendedor de tônico capilar em Sergipe, onde reside, e estaria sendo confundido com um homem conhecido como ‘Junior Orelha’. "Como tenho Junior no nome e tenho a a orelha grande, a polícia está me confundindo", disse aos repórteres.