Chilli Beans criará uma coleção especial de porta-óculos para valorizar a arte alagoana,
A mistura de moda e artesanato há muito tempo desfila pelas passarelas brasileiras, influenciando não apenas na criação de estilos, mas contribuindo para divulgar a riqueza cultural de comunidades espalhadas pelos diversos cantos do País.
O Estado de Alagoas é um desses exportadores de cultura. O trabalho desenvolvido por seus artesãos já tem espaço garantido entre estilistas, designers, decoradores e arquitetos, que utilizam o artesanato alagoano para agregar valor a produtos e conquistar um diferencial de mercado. Em breve, essa identidade também chegará ao segmento de óculos de sol.
A Chilli Beans, uma das principais empresas do setor no Brasil, anunciou nesta semana a criação de uma coleção com destaque para ícones do artesanato alagoano. Além de investir no design das peças, a empresa vai lançar uma edição especial de porta-óculos, revestidos com bordado de filé, couro de tilápia, fibra de bananeira e bagaço da cana-de-açúcar.
As peças exclusivas serão produzidas por quatro associações de artesanato de Alagoas: Associação das Mulheres Rendeiras de Marechal Deodoro; Associação dos Artesãos em Couro de Tilápia; Associação e Papelaria René Bertholet; Centro de Apoio a Cultura do Município de Atalaia.
"Os produtos levam a cara do Brasil. Uma cara bonita e com identidade cultural", afirma o proprietário da empresa, Caito Maia. A coleção ainda não tem data de lançamento, mas a intenção da empresa é distribuir 20 mil peças no mercado, em 217 pontos de venda no Brasil e oito no exterior.
Consultores em design do Sebrae em Alagoas vão capacitar e orientar os artesãos para o aprimoramento dos produtos e adequação aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado. "Com essa parceria com o Sebrae, pretendemos abrir ainda mais espaço para o artesanato alagoano. Vamos trabalhar para agregar o design e a cultura das regiões às exigências dos consumidores nacionais e internacionais", afirmou a diretora técnica do Sebrae/AL, Renata Fonseca. "É uma forma de contribuir para o desenvolvimento dessas comunidades", reforça Caito.