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Animais somem de circo

Circo é acusado de maus-tratos aos animais.

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Após ter tido dois chimpanzés e um hipopótamo apreendidos pelo Ibama, o Le Cirque desmonta a estrutura.

Quatro dias após uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreender dois chimpanzés e um hipopótamo no Le Cirque, todos os animais sumiram do tradicional circo da família Stevanovich, que está em Brasília desde o final de julho com temporada prevista até 25 de setembro.

Após receber a informação de que fiscais ambientais teriam estado no circo para apreender mais animais no início da manhã e encontrado o local evacuado, a reportagem da Agência Brasil conferiu que de fato os animais foram levados embora. Ainda não foi possível contatar o Ibama nem descobrir onde estão os animais. O tenente Borges, da Polícia Militar Ambiental, disse que a corporação não teve participação direta, mas confirma que a operação seria realizada.

Um funcionário que estava no local e não quis se identificar confirmou que os animais não foram apreendidos. Ele disse não saber se o circo vai ficar em Brasília ou vai embora. E afirmou estar aguardando ordens do dono, que segundo ele não quer dar entrevista porque considera que a imprensa age com parcialidade neste caso, fotografando animais em posições que dão a impressão de estarem sendo maltratados.

O circo ainda está em pé, mas a bilheteria está fechada e há um entra e sai de caminhões. Alguns parecem estar sendo consertados.

A Operação Arca de Noé foi realizada na última terça-feira. O Ibama disse ter constatado situações de maus tratos, problemas de ordem sanitária e risco à segurança pública. Agentes afirmaram que dois chimpanzés estavam mutilados, sem nenhum dente; que faltava espaço para acomodação dos animais; que as girafas não conseguem esticar o pescoço quando estão embaixo da lona, no local onde ficam.

Ontem, houve manifestações em frente ao Congresso Nacional a favor e contra a utilização de animais no circo.