Grupo tem ligação com despachantes do Detran/AL.
A Polícia Civil revelou os nomes de quatro acusados de falsificar documentos, inclusive procurações usadas no Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AL). Marcos Paulo da Costa Barros e Júlio Emerson Rocha, são comerciantes do ramo de automóveis, José Alexandre Moraes Mendonça, é proprietário de um depósito de material de construções, e Wagner Frederico Santos de Albuquerque, que se encontra foragido, tem uma carteira de Oficial de Justiça do Estado.
Os comerciantes foram presos na manhã desta sexta-feira, em Maceió, acusados de adulteração de documentos públicos e formação de quadrilha.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ – Área 3) Rodrigo Rubiale revelou que as prisões são resultado de uma investigação iniciada pelo então delegado do 6º Distrito, Alcides Andrade, após a descoberta da falsificação da escritura do galpão, onde funciona a revenda de veículo Rocha Car (antiga Exclusiva), na Serraria, de propriedade de Marcos Paulo.
Quando o delegado Alcides Andrade deixou a Delegacia do 6º Distrito, o delegado geral Marcílio Barenco assumiu as investigações e identificou o principal acusado da falsificação. Wagner Frederico foi o responsável por esquentar o documento, usando carimbos de um cartório pertencente aos seus parentes, localizado no município de Viçosa.
Segundo o delegado, as investigações se aprofundaram no início desta semana, quando da prisão dos despachantes do Detran/AL, identificados como Arnaldo Tenório Vilanova Neto, Hélio Ferreira Lopes, José Wellington Gomes Lins e Marcos André Ferreira da Silva. Eles são acusados de estelionato, falsidade ideológica, falsificação de selo público, uso de documento falso e formação de quadrilha.
Hélio Ferreira e José Wellington revelaram em interrogatório que Wagner também é responsáveis pela adulteração de procurações para transferência de veículos. Inclusive, vários documentos dos despachantes foram encontrados nas lojas de propriedade de Marcos Paulo e Júlio Emerson, que estão com prisão decretada pela Justiça.
Na operação desencadeada nesta manhã, os policiais civis realizaram apreensões de carimbos, uma caminhonete, além de uma carteira de Oficial de Justiça falsificada. “O documento é diferente do original e a Corregedoria Geral de Justiça não reconhece como verdadeira”, destacou Rubiale.
Após os interrogatórios desta tarde na Delegacia Geral da Polícia Civil, os três presos serão submetidos a exame de corpo de delito no IML de Maceió e, posteriormente,encaminhados para o sistema prisional do Estado.