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Seqüestradores do avião sudanês se entregam

Governo do Sudão diz que eles queriam seguir para frança

Imagem de televisão mostra o Boeing 737 da Sun Air seqüestrado no Sudão e desviado para a Líbia

Os dois seqüestradores do Boeing 737 da companhia sudanesa Sun Air desviado para o aeroporto líbio de Kufra, e que ainda tinham em seu poder seis membros da tripulação se entregaram às autoridades líbias, informou um representante do governo do país à agência France Presse.

Mais cedo, os dois seqüestradores haviam libertado os 87 passageiros, depois de ficarem mais de 12 horas reféns. Apenas os seis tripulantes (que as agências de notícias não confirmavam se eram seis ou oito) permaneciam seqüestrados no aeroporto de Kufra, no sul da Líbia. como reféns.

A intenção dos seqüestradores, de acordo com o governo do Sudão, era seguir para território francês nesta quarta-feira. As agências não informam se alguma exigência foi atendida pelas autoridades locais. Os seqüestradores queriam alimentação e combustível.

As informações foram confirmadas pelo gerente-executivo da Sun Air, Mortada Hassan. "No momento, não há informação sobre as razões pelas quais o homem seqüestrou o avião. As exigências que sabemos é por alimentos e combustível para permitir que o avião voe para a França", disse o funcionário.

O avião, um Boeing 737 com 87 passageiros e seis tripulantes, foi seqüestrado na cidade de Nyala, na província de Darfur, pouco depois da decolagem, segundo o governo sudanês. A aeronave, que tinha como destino a capital sudanesa, Cartum, teria feito uma primeira tentativa para pousar em Aswan, no sul do Egito. Porém, não teve autorização do aeroporto local e seguiu para a Líbia.

Os seqüestradores ainda não foram identificados. Segundo o governo do Sudão, eles portavam facas. O avião pertence à Sun Air, empresa privada baseada em Cartum.
O objetivo da dupla, de acordo com o governo do Sudão, seria seqüestrar o governador de Darfur, Hmad Ali Mahmud, que não estava a bordo.

Três líderes de uma facção do Movimento de Libertação do Sudão, um grupo rebelde regional que assinou um contestado tratado de paz com o governo, estariam a bordo, segundo um líder do movimento. Um deles seria Mina Minnawi.

A rede Al Jazeera chegou a informar que os seqüestradores seriam dez pessoas ligadas à facção Abdel Wahed do Movimento de Liberação do Sudão, mas um porta-voz do grupo negou participação no caso.

A região de Darfur está em conflito desde que uma rebelião contra o domínio de Cartum estourou há cinco anos. Observadores internacionais dizem que mais de 2,5 milhões de moradores tiveram de deixar suas casas e mais de 200 mil morreram em decorrência da guerra civil.

Em março de 2007, um cidadão sudanês havia tentado seqüestrar um avião sudanês com 201 passageiros e 11 integrantes da tripulação, e que cobria uma rota entre Trípoli e Cartum. O seqüestrador, identificado como Said Majluf, que estava armado com uma faca, ordenou ao piloto que desviasse de sua rota e aterrissasse em Bangui, capital da República Centro-Africana.