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Barenco rebate e diz que Beltrão tinha plano para matá-lo

Marcílio Barenco informou que irá a Brasília entregar ao Ministério da Justiça provas concretas de que o deputado afastado João Beltrão vem tramando a sua morte, e que o parlamentar se utiliza da representação ora forjada para tão somente atacar a quem cumpre a Lei.

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Delegado Marcílio Barenco também pretende denúncia Beltrão

O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas rebateu, por meio de sua assessoria de imprensa, as denúncias feitas pelo deputado estadual afastado João Beltrão (PMN). O parlamentar – por meio de seu advogado de defesa, José Fragoso – entregou um envelope com documentos que comprovariam o envolvimento de Barenco em irregularidades, como supostos crimes de tortura, dentro outros. Marcílio Barenco afirma inclusive que João Beltrão já chegou a tramar a morte dele.

Fragoso destacou que “há pelo menos três denúncias graves” no material que foi entregue ao Ministério Público Estadual e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. O delegado-geral da Polícia Civil classifica as denúncias como elementos forjados e fabricados pelo próprio deputado na tentativa de intimar o curso de investigações que apontam João Beltrão como responsável por crimes de mando.

O deputado estadual foi preso – recentemente – por ser suposto mandante de homicídios. A prisão ocorreu durante a Operação Ressugere. Além de Beltrão, a Polícia Civil de Alagoas prendeu ainda outros dois deputados afastados pela Justiça: Cícero Ferro (PMN) e Antônio Albuquerque (sem partidos). Todos retornaram à liberdade após conseguirem habeas-corpus na Justiça.

No entanto, as investigações ainda estão em curso. Marcílio Barenco – de acordo com sua assessoria – já respondeu a diversos procedimentos na Corregedoria de Polícia Civil de Alagoas acerca de “inúmeras denúncias manipuladas”. De acordo com Barenco, todas elas foram apuradas e – ao final – arquivadas por total improcedência.

O deputado estadual João Beltrão – antes de ser afastado do parlamento alagoano – tentou ainda articular uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas. O desentendimento entre os dois e a troca de farpas na imprensa acontecem desde que Barenco – que foi delegado da cidade de Coruripe (reduto eleitoral de Beltrão) – investigou o parlamentar por participação em um crime de homicídio na região.

“Tudo isso não passa de uma cortina de fumaça para desvirtuar o verdadeiro foco de quem pratica crimes e avilta a dignidade humana em Alagoas”, acrescentou. O delegado-geral ainda alfinetou Beltrão colocando que este se esconde por trás da imunidade parlamentar para não responder a crimes. Marcílio Barenco pretende processa João Beltrão na Justiça Criminal por denunciação caluniosa.

Marcílio Barenco informou que irá a Brasília entregar ao Ministério da Justiça provas concretas de que o deputado afastado João Beltrão vem tramando a sua morte, e que o parlamentar se utiliza da representação ora forjada para tão somente atacar a quem cumpre a Lei.

Além disso, segundo ele, todas as investigações em face do parlamentar se encontram bastante adiantadas, sob a presidência de uma comissão formada por oito delegados e da qual o delegado-geral não participa diretamente. Acrescenta que de nada adiantará qualquer tentativa contra a vida dele (Barenco), pois todas as investigações terão continuidade.

Marcílio Barenco afirma que as atitudes de Beltrão demonstram seu desespero, e que o deputado “assim como qualquer animal irracional acuado, ataca de forma descontrolada ao perceber qualquer ameaça, por menor que seja”.

“Tenho certeza de que a sociedade vai saber distinguir a verdade dos fatos, inclusive tendo em vista a já conhecida ficha criminal do parlamentar acusador que já responde formalmente por quatro homicídios, além de tantos outros que lhe são atribuídos”, salientou.

O delegado-geral revelou que a sociedade do Litoral Sul de Alagoas, como de resto toda a sociedade alagoana, em breve será informada sobre desvios de verbas públicas em Prefeituras sob a influência do parlamentar afastado, e que tais desvios foram arregimentados através da grande arrecadação dos royalties do petróleo e demais verbas liberadas pelo governo federal aos municípios da região.