A irmã da criança tem leucemia.
Uma decisão inédita da Justiça de São Paulo pode mudar a vida de uma família de São José do Rio Preto, a 438 km da capital. A mãe de um bebê recém-nascido teve autorização para que, durante o parto, fossem coletadas células-troncos do cordão umbilical. O procedimento trouxe esperança para a irmã da criança, que tem leucemia.
Entre o pedido e a decisão da Justiça foram 30 dias. O desfecho rápido surpreendeu a família. O material coletado foi enviado para exame de compatibilidade em São Paulo. O resultado pode mudar a história da família.
A gravidez da pequena Sarah não foi planejada. Menos ainda o fato dela ter nascido exatamente um ano depois do diagnóstico de leucemia na irmã Júlia, de 8 anos.
O último passo antes de seguir para a sala de parto foi a assinatura dos papéis que autorizam a retirada do sangue do cordão. O médico de um laboratório especializado foi chamado para realizar a coleta.
O procedimento foi realizado logo após o corte do cordão. O material foi armazenado a uma temperatura de 100ºC negativos e poderá ser utilizado também para outros tratamentos num prazo de 20 anos.
A chance de compatibilidade entre as células tronco de Sarah e o sangue de Júlia é de 75%.