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Ministro assegura recurso para Serra da Barriga

Afirmação foi feita durante Conferência dos Direitos Humanos.

Assessoria

Ministro Edson Santos

O ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, abriu hoje, 11, o último dia da 3ª Conferência Estadual dos Direitos Humanos, que acontece no Maceió Mar Hotel. Ele apresentou o quinto eixo orientador “Universalizar direitos em um contexto de desigualdades”. Estiveram presentes na abertura dos trabalhos o presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Everaldo Patriota, a secretária da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Wedna Miranda e o representante da Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República, Cláudio Beirão.

Na tarde desta quarta-feira (10), o ministro, acompanhado da secretária Wedna Miranda, tentaram visitar a Serra da Barriga, em União dos Palmares e o mau tempo impossibilitou a aterrissagem do helicóptero que transportava as autoridades, provocando o cancelamento da visita e o retorno a Maceió. O fato causou preocupação ao ministro, que durante a conferência, assegurou investimentos para recuperação que dá acesso à serra. “Vamos trabalhar junto com o governo do Estado para melhorar a subida à serra e, a partir daí, verificar outros investimentos que possam ser feitos no local, melhorias que possam resistir ano inverno e verão”, garantiu o ministro.

Sobre a realização da conferência em Alagoas, o ministro Edson Santos considerou de importante relevância para os movimentos sociais, como forma de se criar mecanismos para acabar com as desigualdades. “2008 é um ano emblemático porque comemoramos 40 anos dos movimentos estudantis pela liberdade, 20 anos da promulgação da Constituição, 120 anos da Abolição da Escravatura e 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Essa conferência é importante para podermos trabalhar efetivamente o fim das desigualdades no país”.

O ministro disse ainda que “O Brasil é referência no âmbito de políticas públicas de promoção á igualdade racial. Durante 100 anos não tivemos a capacidade de reconhecermos essas desigualdades e o Brasil tem pressa de que acabamos com ela. Ainda há resistência por parte de alguns setores, principalmente os da elite, mas diversas ações estão sendo feitas para diminuir esse entrave, a exemplo do ProUne e de políticas de cotas, que dão oportunidade aos jovens de entrarem nas universidades”, completou.
Presente às discussões, o conselheiro do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, Padre Manoel Henrique, afirmou que realizar uma conferência como essa em Alagoas é de uma importância do maior relevo porque se trata de gente e pessoas humanas em uma sociedade profundamente diversificada e plural. Muitos segmentos são verdadeiras minorias abafadas e escondidas e, muitas vezes, espezinhadas em termos de direitos. É de alto valor para o futuro de um povo. O futuro do país será melhor se fizer conviver as diversas culturas e religiões. É maravilhoso observar esse encontro da miscigenação brasileira que, na prática, não existe”, parabenizou.

Representando a religião Matriz Africana, Pai Célio considera o encontro fundamental para as discussões voltadas as melhorias dos movimentos sociais “porque contempla todos os segmentos, inclusive o nosso de matriz africana, com debates em cima de pontos que refletem a presença dos direitos humanos numa sociedade ainda cheia de preconceito, já por uma questão histórica de nossa sociedade. É de suma importância essas discussões e, sem dúvida, há avanços, principalmente ao termos pessoas comprometidas com os direitos humanos como a secretária Wedna Miranda e Everaldo Patriota”, reconheceu.

A professora tutora do Programa Afro Atitude da Ufal, Ângela Brito Ufal completou ao dizer que “a conferência traz a visibilidade que precisamos, necessária para alcançar as metas dos direitos humanos em relação a todas as populações discriminadas. A discussão leva a avanços e é isso que estamos fazendo. A discriminação está aí, posta para quem quiser ver. As políticas públicas aos poucos vão avançando e são extremamente importantes para que as pessoas consigam a igualdade tão buscada”, finalizou a professora Ângela.