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Caso agentes não aceitem acordo, PM tomará presídios

Secretário Paulo Rubim garante que que visitação será retomada neste domingo.

Sionelly Leite/Alagoas24horas

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Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 12, o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, informou que a normalidade nas sete unidades prisionais do Estado será retomada a partir deste domingo. Ele garante que um efetivo da Polícia Militar garantirá a visitação de familiares.

Segundo Rubim, garantiu aos familiares de reeducandos presentes na coletiva de que a normalidade do sistema prisional será restabelecido, pois já existe determinação judicial para que a PM assuma a segurança nas unidades.

Com relação aos agentes penitenciários, o secretário afirmou que o Governo do Estado estará garantindo o percentual de 9,11% para a categoria. “Eu tive a garantia do secretário Álvaro Machado d os 9,11%, sob a alegação de que esta é a única forma da reivindicação ser atendida e coloco meu cargo a disposição caso esse acordo seja descumprido. Estou dando a minha palavra”, ressaltou Rubim.

Paulo Rubim disse ainda que já existe uma determinação judicial para que a Polícia Militar assuma o sistema penitenciário. “Eu poderia cumprir a partir de agora, mas vamos aguardar a decisão dos agentes penitenciários, que se reúnem em assembléia na tarde de hoje. Caso eles não aceitem a única proposta, a PM tomará as unidades prisionais a partir de amanhã e fará a segurança para garantir o direito dos reeducandos e dos familiares”, disse.

Questionado sobre o efetivo que será disponibilizado para a segurança, Rubim alegou que o número ainda está sendo estudado e que “a população não sofrerá com falta de efetivo no policiamento ostensivo nas ruas da cidade”, completou.

Os agentes penitenciários estão em greve há dez dias e desde então os presos estão sem visitação de parentes. No último domingo, o clima no presídio Cyridião Durval chegou a ficar tenso, quando cinco presos foram feitos reféns. Na manhã de hoje, uma reeducando chegou a dar entrevista por telefone em uma rádio local e destacou que o clima estava tenso nas unidades prisionais e que há previsão de rebelião em todas as unidades caso as atividades não sejam retomadas.

“Com relação ao comportamento do sistema penitenciário, a Lei deve ser cumprida e serve para todos. Estamos preocupados com os direitos dos reeducandos, mas para toda ação haverá uma reação”, explicou.