Categorias: Brasil

Pai escondeu rostos dos filhos antes de matar

Os dois irmãos foram queimados e esquartejados

Luísa Brito/G1

Policiais em frente à casa onde os meninos foram mortos, durante a reconstituição do crime

Durante a reconstituição do assassinato dos irmãos esquartejados em Ribeirão Pires, no ABC, o pai deles, suspeito do crime, disse que as crianças não foram sufocadas, como havia sido divulgado anteriormente pela polícia. A informação é do perito criminal Nelson Gonçalves, diretor da Polícia Científica de Santo André,que participou da reconstituição junto com outros seis peritos.

Segundo Gonçalves, o pai das crianças afirmou que estrangulou o menino mais novo e a madrasta esfaqueou a barriga do mais velho. De acordo com o perito, o pai disse que colocou os sacos na cabeça dos filhos antes de queimar os corpos, pois não queria ver o rosto deles. A polícia achava que as crianças tinham sido sufocadas, porque havia vestígios dos sacos nas cabeças delas.

Fossa

Nesta manhã, os peritos localizaram vísceras das crianças na fossa que fica atrás da casa. Um forte odor de material podre fez com que a polícia chegasse ao local. O perito acredita que as vísceras foram jogadas no vaso sanitário, pois não há sinais de que a tampa da fossa tenha sido removida.

Segundo ele, o pai das crianças não relatou em depoimento ter jogado as vísceras das crianças na rede de esgoto e surpreendeu com a descoberta. De acordo com Gonçalves, o suspeito relatou o crime com detalhes e disse que os assassinatos ocorreram simultaneamente.

A polícia afirma que, o afirmou em depoimento que a madrasta matou o menino mais velho no quarto e ele estrangulou o mais novo na sala. Ao longo da reconstituição, o preso não chorou. Apenas a irmã dele ficou bastante emocionada.

A perícia ainda não concluiu a causa da morte das crianças. A única certeza é que, depois de mortas, elas foram queimadas e, em seguida, esquartejadas. Segundo Gonçalves, isso será feito com base na reconstituição e nos exames das partes dos corpos encontradas. "Vamos fazer um laudo policial conclusivo e irrefutável na esfera judicial."