Dezenas de pessoas se concentraram na porta do cartório e informações da Guarda Municipal dão conta que um veículo da corporação teria sido danificado.
A informação de que dois guardas municipais teriam sido designados para realizar a segurança das 122 urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições do próximo domingo, dia 5, nas cidades de Murici, Branquinha e Messias, e que estão armazenadas no prédio do Cartório Eleitoral de Murici, provocou uma grande confusão.
Populares afirmam que por serem guardas municipais, os servidores estariam a serviço do atual prefeito, que é candidato à reeleição, e não teriam a isenção necessária para fazer a segurança no local. Os guardas, por sua vez, afirmam que foram designados por determinação da juíza da 9ª zona eleitoral, Aída Antunes.
Revoltados, populares exigiram a presença do promotor eleitoral, Napoleão Francisco Amaral, e da Polícia Federal. Dezenas de pessoas se concentraram na porta do cartório e informações da Guarda Municipal dão conta que um veículo da corporação teria sido danificado e algumas pessoas teriam tentado invadir o prédio pelos fundos.
O Comando de Policiamento do Interior (CPI) determinou o reforço do policiamento na cidade e integrantes do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) de União dos Palmares foram deslocados para Murici.
Agentes da Polícia Civil, comandados pelo delegado Emanoel Davi, também se encontram no prédio do Cartório Eleitoral para descobrir se houve algum tipo de invasão ou violação das urnas eletrônicas.
Após muita confusão, o promotor eleitoral, Napoleão Amaral, e a juíza da 9ª zona, Aída Antunes, determinaram a transferência de todas as urnas do cartório para o prédio do Fórum da Comarca de Murici.
De acordo com Amaral, não há registro de fraudes, mas para não gerar dúvidas entre as coligações será realizada uma averiguação de todos os lacres das urnas eletrônicas com as presenças de representantes das coligações. Todo o procedimento acontece ainda nesta quinta-feira.
Quanto à presença dos guardas municipais no prédio do Cartório Eleitoral, o promotor disse se tratar de “falta de entendimento”, uma vez que o guardas foram designados para fazer a segurança do prédio e não das urnas.
Atualizada às 12h10.