Categorias: Economia

Cesta básica em Maceió cai em setembro

IPC registrou queda de 5,35%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Maceió apontou que o preço da cesta básica registrou a maior queda do ano. Com um custo de R$ 182,17, os produtos que compõem os gêneros alimentícios essenciais do morador da capital apresentaram um recuo de 5,23% em setembro em relação ao mês de agosto.

O resultado apurado pela Superintendência de Produção e Gestão da Informação (Supegi) da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan) coloca Maceió entre as capitais brasileiras que registraram as maiores retrações no preço da cesta básica. As desacelerações mais significativas se deram nas cidades de Belém (-7,34%) e Salvador (-6,96%).

O IPC fechou o mês de setembro com uma inflação de 0,21%, a menor variação do ano. Os alimentos foram os itens que mais contribuíram para a trajetória de baixa segundo o relatório da Seplan, com um declínio de 0,80%. Os subgrupos legumes (-4,39%), tubérculos e outros (-4,94%), verduras (-2,16%) e leite e ovos (-0,35%) foram os destaques do grupo alimentação.

Entre os itens que compõem a cesta básica os que registraram a maior queda nos preços foram o tomate (-8,90%), o óleo de soja (-6,62%), o pão francês (-1,42%), o leite (-0,98%) e a carne (-0,23%).

Segundo o coordenador da pesquisa, Gilvan Sinésio, as baixas podem ser explicadas pela melhoria das condições climáticas para a produção agrícola e pelo aumento da oferta interna de carne bovina. Para ele, a desaceleração dos preços dos alimentos e, consequentemente, da cesta básica deve se manter pelos próximos meses com o início da safra agrícola em todo país. “O cenário indica uma tendência de queda, mas devemos levar em consideração a crise norte-americana, que pode refletir aqui de alguma forma”, afirma.

Com a retração a cesta básica comprometeu menos o salário mínimo do consumidor maceioense no mês passado. A aquisição dos produtos custou R$ 182,17, o que significou um comprometimento de 43,90% do salário mínimo. No mês de agosto, a ração alimentar mínima custou R$ 192,23 ao morador da capital.

Apesar da queda de preços, o coordenador do IPC afirma que ainda não dá para o consumidor se animar, pois a desaceleração está ocorrendo após sucessivas altas no custo dos produtos. “Os valores de alguns produtos caíram, de fato, mas ainda está pesando no bolso do consumidor. Se formos comparar, por exemplo, com setembro ou outubro do ano passado vamos verificar que hoje esses itens estão mais caros”, explica Gilvan Sinésio.

ALTAS – Alguns itens do grupo alimentação seguiram a tendência inversa da verificada na maior parte dos produtos. Entre eles estão o açúcar, que teve alta de 0,88%; o feijão, que ficou 0,68% mais caro e o arroz, cujo preço subiu 0,61% no mês de setembro. O café e a banana não registraram variação no mês passado.

Entre as nove classes de despesas que compõem o índice sete variaram positivamente. O grupo fumo e bebidas registrou aumento de 3,55% nos preços, as despesas com habitação cresceram 1,70% e com vestuário 1,49%.