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Grêmio derrota o Botafogo

Tricolor gaúcho é vice líder.

O Botafogo bem que tentou, mas o Grêmio provou sua força no Olímpico, mesmo desfalcado, venceu de virada por 2 a 1, neste sábado, e manteve-se firme na briga pelo título. Renato Silva abriu o placar, mas Douglas Costa e Réver, já na segunda etapa, garantiram o triunfo do Tricolor, que não vencia há mais de um mês.

Desde o início, o Grêmio mostrou-se ligeiramente superior, embora o Botafogo, por conta de seu toque de bola refinado, aparecesse com mais posse em certos momentos. De qualquer forma, a partida parecia estar à feição dos alvinegros, que encontravam espaços para atacar com o trio do lado direito, formado por Alessandro/Diguinho/Carlos Alberto.

A ríspida marcação dos gremistas, porém, gerava diversas discussões entre os jogadores, uma espécie de prenúncio do que viria a acontecer. Isso fazia com que o jogo tivesse pouca bola no chão, vários passes errados, além de muitas faltas marcadas pelo árbitro Heber Roberto Lopes, um dos personagens negativos do primeiro tempo.

A esperanças alvinegras aumentaram quando, em ótima cobrança de falta de Lucio Flavio, aos 30, Jorge Henrique, em condição legal, desviou de cabeça, Victor espalmou e Renato Silva, quase na linha do gol, abriu o placar. Com a vitória parcial, o Botafogo voltava ao G4 e se aproximava da liderança, já que o Palmeiras também perdia seu jogo.

A vantagem, no entanto, durou somente três minutos. O jovem estreante Douglas Costa aproveitou rebote e, de fora da área, emendou de canhota. A bola ainda bateu em Andre Luis no caminho, o que enganou Castillo. A quilômetros dali, a equipe alviverde também igualava seu jogo.

Os 45 minutos iniciais ainda reservavam um lance curioso. De tanto bater, o zagueiro Léo foi expulso, logo após a agressão derradeira sobre Jorge Henrique. O que não se esperava era que a vítima também recebesse o cartão vermelho. O árbitro, porém, se recusou a explicar de que maneira interpretou o lance.

No intervalo, Ney Franco, ao perceber que era possível acuar o Grêmio, desmontou o esquema cauteloso e tirou Leandro Guerreiro para a entrada de Zárate, que recebia nova oportunidade após mais de um mês. Castillo, que de um mau jeito nas costas, deu lugar, novamente, a Renan.

O Botafogo até esteve melhor durante os primeiros minutos. Não demorou, porém, para que o Tricolor Gaúcho, empurrado por sua torcida, que encheu o Olímpico, tomasse as rédeas da partida. Como podia, Renan evitava as investidas do adversário, mas não pôde impedir a cabeçada de Réver, aos 18.

Em desvantagem, Ney lançou Gil no lugar de Triguinho, o que, como já se tornou costume, não alterou em nada o panorama do jogo, dada a inoperância do atacante. Até Zárate, que nos primeiros momentos tocou algumas vezes na bola, desapareceu.

Apesar da vontade do Botafogo, que, mesmo de forma desorganizada, permaneceu em busca do empate até o fim, o Grêmio manteve-se tranqüilo e segurou o resultado até o fim da partida, que lhe rendeu a manutenção da segunda posição. Já o Glorioso teve de se contentar com o oitavo lugar.

Na próxima partida, o Grêmio encara o Santos, no Olímpico, quarta-feira, enquanto o Botafogo recebe o Vitória, quinta, no Engenhão.

FICHA TÉCNICA:
GRÊMIO 2 X 1 BOTAFOGO

Estádio: Olímpico, Porto Alegre (RS)
Data/hora: 04/10/2008 – 16h (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)
Auxiliares: Ivo Carlos Bohnm (PR) e Carlos Berckenbrock
Renda/público: R$ 631.375 / 33.740 pagantes
Cartões amarelos: William Magrão e Morales (GRE); Triguinho, Carlos Alberto e Zárate (BOT)
Cartões vermelhos: Léo (44’/1ºT) e Jorge Henrique (44’/1ºT)
GOLS: Renato Silva, 30’/1ºT (0-1); Douglas Costa, 32’/1ºT (1-1); Réver, 18’/2ºT (2-1)

GRÊMIO: Victor; Leo, Réver e Thiego; Felipe Mattioni, Rafael Carioca, William Magrão, Douglas Costa (Makelele, 24’/2ºT) e Hélder; Soares (Marcel, 35’/2ºT) e Richard Morales (Reinaldo, 31’/2ºT) – Técnico: Celso Roth

BOTAFOGO: Castillo (Renan, intervalo), Alessandro, Renato Silva, Andre Luis e Triguinho (Gil, 22’/2ºT); Leandro Guerreiro (Zárate, intervalo), Túlio, Diguinho e Lucio Flavio; Carlos Alberto e Wellington Paulista – Técnico: Ney Franco

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