Categoria define amanhã sobre greve por tempo indeterminado.
Sem nova proposta de acordo e sem negociação agendada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os bancários de Alagoas e de todo o país seguem rumo à greve geral da categoria, marcada para quarta-feira, dia 8, por tempo indeterminado. Segundo o sindicato da categoria, os preparativos estão adiantados e a deflagração do movimento se dará em assembléia geral, marcada para esta terça-feira, 18 horas, na sede da entidade.
O sindicato espera reunir mais de 500 bancários na assembléia, incluindo caravanas do interior. A paralisação está prevista para todos os bancos, em todos os municípios do Estado. Um carro de som do sindicato vem percorrendo as ruas de Maceió avisando sobre a greve, para que a população se previna antecipando saques, pagamentos e outras operações bancárias.
Na reta final da mobilização, que antecede a assembléia desta terça-feira, os bancários de todo o país intensificam a luta realizando manifestações e paralisações. Em seis estados, a greve por tempo indeterminado já ocorre desde o dia 30.
Em Alagoas, as manifestações continuaram nas agências após a greve de 24 horas realizada na semana passada. Nesta segunda, dia 6, diretores do sindicato percorrem as agências do Farol e o Banco do Brasil do Centro. Nesta terça, eles estarão nas agências da orla marítima.
Os bancários querem aumento real nos salários de 5%, além de outras reivindicações. A Fenaban mantém a proposta de 0,35% de aumento real e se nega a atender outras demandas, como melhorar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), elevar os pisos de ingresso e criar um Plano de Cargos e Salários (PCS). Os banqueiros também querem reduzir antigas conquistas da categoria nas cláusulas que tratam do auxílio-creche, vale-transporte e estabilidade pré-aposentadoria.
“Nestas condições, não resta alternativa aos bancários a não ser cruzar os braços para arrancar uma proposta digna dos bancos”, disse Edmundo Saldanha, presidente do Sindicato dos Bancários.