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Queda da bolsa e aumento do dólar

Dólar está sendo comercializado a R$ 2,16.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) retomou os negócios desta segunda-feira aprofundando a queda que levou os negócios a serem interrompidos. Às 10h52, o principal índice do mercado tinha perdas de 10,11%, aos 40.016 pontos.

Mais cedo, a bolsa paulista parou por meia hora, por conta do instrumento chamado circuit breaker, que é acionado quando a queda é superior a 10% e serve para que os investidores revejam suas posições com calma antes de recomeçar os negócios. Nesta segunda, a interrupção veio apenas 19 minutos após a abertura dos negócios, às 10h19, quando as perdas chegaram a 10,09%.

Às 10h15, todas as ações negociadas na bolsa tinham queda. As maiores baixas eram da Redecard ON (14,34%), JBS ON (13,62%) e Gerdau Metalúrgica (13,08%).

No mesmo horário, as duas ações mais negociadas do mercado – as preferenciais de Petrobras e Vale – tinham queda de 10,32% e de 12,63%, respectivamente.

A forte queda da Bovespa nesta segunda é motivada pelo final de semana tumultuado do sistema financeiro europeu, que contou com o fracasso, no sábado, do plano de resgate de 35 bilhões de euros para o banco alemão Hypo Real Estate (HRE).

No final da noite de domingo, o governo da Alemanha chegou a um acordo sobre um novo plano, desta vez de US$ 70 bilhões, para salvar a instituição.

A notícia do acordo foi divulgada horas depois de a chanceler alemã, Angela Merkel, ter dito que iria fazer de tudo para salvar o banco, o segundo maior provedor de hipotecas da Alemanha.

Enquanto isso, o banco francês BNP Paribas concordou em comprar 75% das operações do grupo Fortis na Bélgica e em Luxemburgo. A decisão vai resultar em uma das maiores instituições financeiras do continente.

Em troca, os governos da Bélgica e de Luxemburgo passarão a ter um interesse minoritário do BNP Paribas. O braço holandês do Fortis foi nacionalizado pelo governo da Holanda.

Depósitos
Também no final de semana, a Alemanha informou que está considerando um "guarda-chuva" nacional para proteger o setor bancário do país da turbulência do mercado, uma reversão em uma política que ressaltava a preocupação crescente do governo quanto ao contágio financeiro.

Três outros governos europeus – além da Alemanha – ofereceram garantias de depósitos bancários, à medida que autoridades de Washington a Seul lutam para conter a pior crise financeira em 80 anos.