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Coaracy diz que ofício da OAB é leviano

Ontem, OAB e Ministério Público Estadual trocaram acusações por meio de notas oficiais emitidas por suas assessorias.

Em entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira, 10, o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, demonstrou indignação com o ofício emitido pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Omar Coelho de Mello, pedindo o afastamento de cinco deputados indiciados pela Polícia Federal durante a Operação Taturana.

Ontem, OAB e Ministério Público Estadual trocaram acusações por meio de notas oficiais emitidas por suas assessorias. Primeiro, a OAB questionava a postura do MPE com relação ao pedido de afastamento dos cinco deputados indiciados que ainda desempenham suas funções na Assembléia Legislativa de Alagoas.

Em resposta, o procurador–geral, disse que o Ministério Público jamais serviria de “capataz de interesses políticos”. Na manhã de hoje, Coaracy Fonseca rompeu sua política de não conceder entrevistas (ou de fazê-lo raramente) e foi às emissoras de rádio e TV locais para se defender e acusar Omar Coelho de leviandade.

Fonseca questionou a postura da OAB, que segundo ele estaria usando de pirotecnia para tratar a questão. O procurador chegou a citar uma ação proposta pela Ordem, contra o então deputado Cícero Amélio, hoje conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas, que foi arquivada por não ter sustentação.

Coaracy lembrou, ainda, das declarações do presidente da Ordem, Omar Coelho, quando o mesmo afirmou que o então presidente da ALE, deputado Antonio Albuquerque (sem partido), não estaria interferindo nos trabalhos da comissão de auditoria.

Repetindo que estava indignado com o comportamento da Ordem, Coaracy disse que considerava o ofício de ontem desairoso e leviano, além de um ataque pessoal a ele (Coaracy) e aos membros do Ministério Público Estadual, que tiveram sua atuação elogiada em todo o país.

O procurador-geral, que deve deixar o cargo em 60 dias, explicou que o simples indiciamento dos parlamentares não justifica o afastamento das suas funções e qualquer solicitação equivocada pode resultar no retorno dos parlamentares já afastados.

Coaracy afirmou, efusivamente, que possui vida limpa, que jamais teve pretensões políticas e que mesmo com o término de suas atividades à frente da Procuradoria Geral do Ministério Público, não desistirá da sua ‘missão’ como promotor público.