Nas instituições de longa permanência, os chamados abrigos, este número sobe para 50%, sobretudo entre a população considerada muito idosa, acima de 80 anos.
O Ministério da Saúde está preocupado com os altos índices de internação hospitalar por fratura de fêmur decorrente de quedas entre a população idosa. Segundo dados do Programa Saúde do Idoso da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, dão conta que o índice registrado ano passado atingiu 28,2%, considerado altíssimo, tal como os números dos demais Estados brasileiros.
Nas instituições de longa permanência, os chamados abrigos, este número sobe para 50%, sobretudo entre a população considerada muito idosa, acima de 80 anos. Ainda segundo a Sesau, essas quedas acontecem com freqüência dentro de casa por diversas razões. O resultado é a internação hospitalar e o agravamento de outras doenças e um dispêndio de milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).
A gerente do Programa Saúde do Idoso, Elisabeth Toledo, explica que algumas medidas estão sendo adotadas para reduzir os índices, como a adoção de medidas preventivas. “Além de resultar no agravo de outras doenças, o internamento em decorrência de queda é caro para o SUS e muitas vezes termina em morte. Por esta razão o Ministério da Saúde está investindo em ações preventivas a fim de reduzir em 2% os índices de cada Estado e evitar que haja aumento deste número até o final do ano, ressaltou Elisabeth Toledo, acrescentando que Alagoas quer atingir a meta de 23,53%.
O Ministério da Saúde enviou ao Programa Saúde do Idoso dos municípios com mais de 100 mil habitantes – no caso de Alagoas, as cidades de Maceió e Arapiraca – cadernetas que funcionam como banco de dados dos idosos para que os profissionais de saúde realizem acompanhamento freqüente. Na caderneta deverá constar dados pessoais do idoso, informações sobre estado de saúde, doenças graves, e informações gerais como peso e altura, além de registros de queda.
“Se o idoso cair mais de duas vezes é considerado frágil e precisa ser acompanhado pelos profissionais para descobrir os motivos da queda. Pode ser por causa da estrutura da casa, uso equivocado de medicamentos, e outros motivos. A investigação é a primeira foram de prevenção”, explicou Elizabeth Toledo.
“Os profissionais de saúde estão sendo capacitados para atuar com os idosos, já que a maioria dos médicos do PSF é generalista e há uma carência de especialistas para atender a demanda de 260 mil idosos residentes em Alagoas. Inclusive, os agentes de saúde foram capacitados para preencher corretamente as cadernetas. Estas cadernetas serão entregues pelos agentes, ou adquiridas pelos próprios idosos nas unidades de saúde, onde se consultam” concluiu.
Outra ação preventiva são os alertas à população. Neste sábado será realizada a IV Caminhada do Idoso, com concentração às 15h, na Praça da Praia de Sete Coqueiros. Sob os ritmos da Seresta da Pitanguinha e de um trio elétrico, a caminhada segue em direção ao Clube do Alagoinhas.