Adriana Barros Silva, madrasta da vítima, foi apontada como principal suspeita do crime mesmo antes da liberação do laudo cadavérico. Com a chegada do laudo, a suspeita foi confirmada.
O delegado do 5° DP, Arnaldo Soares concluiu nesta semana o inquérito sobre o assassinato de Leandro Oliveira da Silva, de apenas 11 anos, foi morto a pauladas dentro da sua casa, localizada na Rua Manoel Machado, no bairro de Santa Lúcia, em janeiro deste ano. Adriana Barros Silva, madrasta da vítima, foi apontada como principal suspeita do crime mesmo antes da liberação do laudo cadavérico. Com a chegada do laudo, a suspeita foi confirmada e Adriana deve pode responder pela autoria intelectual e material do crime.
Em entrevista ao Alagoas24Horas o delegado Arnaldo Soares explicou que um dos indícios de que a madrasta o teria assassinado era o bilhete intitulado ‘Exterminador e vingador’, recebido no dia anterior. Segundo ele, não dá para saber se ela escreveu com a mão esquerda ou se teria mandado alguém escrever, o que ele tem certeza é que a idéia foi de Adriana.
“Ela tinha costume – quando o menino voltava da casa dos tios – de chamá-lo de ‘caboeta safado’, expressão esta que continha no bilhete. Com certeza o elemento foi mais um indício. A prova cabal do crime está no resultado no laudo cadavérico e na contradição dos depoimentos”, explica Soares.
Segundo o delegado, o laudo confirmava que a criança teria entrado em óbito entre 4h e 8 horas da manhã. E a madrasta só teria saído de casa para trabalhar às 7h10 da manhã. “Ou seja, o criminoso não teria saído de lá sem ser visto. Isto foi o suficiente para a conclusão do inquérito”, disse. O depoimento de testemunhas também apontavam a madrasta como autora do crime. Uma delas disse que Adriana teria ‘profetizado’ no dia em que Leandro recebeu o bilhete, que ele morreria no dia seguinte.
O inquérito seria entregue nesta semana à Justiça, mas os problemas de funcionamento no Fórum de Maceió, impediu a ação. A partir de agora cabe à promotoria analisar se os elementos dos autos são suficientes para oferecer denúncia contra a acusada.
O delegado não sabe informar o paradeiro de Adriana Barros.
O corpo de Leandro Oliveira da Silva, de apenas 11 anos, foi encontrado sobre a cama, ao lado da provável arma do crime, um pedaço de caibro, e de uma revista em quadrinhos. Manoel Mendes de Oliveira, pai da vítima, teria achado o corpo do filho quando voltou para casa.