As células de imunização são capazes de evitar a proliferação.
Cientistas franceses e americanos encontraram uma explicação do mecanismo de resistência ao vírus da dengue que pode resultar a desenvolver novas estratégias de prevenção contra a doença, que afeta anualmente mais de 100 milhões de pessoas, inclusive no Brasil.
Segundo informou hoje o Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS, em francês), especialistas do Instituto Pasteur e da Universidade de Berkeley observaram que células de imunização são capazes de capturar o vírus e de evitar sua proliferação.
O momento-chave da infecção das células mais sensíveis à doença acontece quando a glicoproteína do envoltório viral entra em contato com as células dendrítricas da pele, segundo concluíram os pesquisadores, que publicaram os resultados de suas pesquisas na revista PloS NTD.
Dentre as células atacadas pelo vírus, os macrófagos da derme humana que contêm o gene CD209/DC-SIGN são os que têm a capacidade de evitar a propagação do vírus. O trabalho dos pesquisadores descreve "pela primeira vez um novo mecanismo de resistência que constitui um sistema de defesa inato contra o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti", destacou o CNRS em comunicado.
A dengue é um problema crescente de saúde pública em diversas áreas de incidência onde o aumento do número de casos transforma a doença em um mal endêmico.